AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria
Últimas Notícias / Polêmica

"Muitas vozes foram tapadas quando descobriram o Elvis", diz Negra Li

Rapper afirmou ainda que a luta contra a apropriação cultural é muito ampla

Da Redação Publicado em 27/11/2018, às 11h41 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Negra Li deu entrevista ao ''Morning Show'', da Jovem Pan - Reprodução/Johnny Drum - Jovem Pan
Negra Li deu entrevista ao ''Morning Show'', da Jovem Pan - Reprodução/Johnny Drum - Jovem Pan

Negra Li sugeriu que o músico Elvis Presley, por exemplo, “ocupou o espaço de negros talentosos” porque era branco.

"Muitas vozes foram tapadas quando descobriram o Elvis", comentou a cantora, durante entrevista ao programa Morning Show, na última segunda-feira (26).

De acordo com a rapper, que estava na atração porque acabou de lançar seu terceiro álbum solo, “Raízes”,  o racismo na época de Elvis fazia com que “muitos negros tivessem os seus álbuns lançados sem o rosto na capa”.

Negra Li reforçou ainda que não acredita que Elvis conseguiu aproximar as pessoas da música negra: “Acostumou mal, [criou um sentimento de] para que vamos pegar negros se temos o Elvis Presley?”

COISAS PEQUENAS
Ainda sobre apropriação cultural, ela disse ficar “triste quando vê coisas pequenas”, como quem critica mulheres brancas que usam turbante. Para ela, apesar ser importante, o tema é mais amplo.

“Não é essa coisa pouca da mulher branca andando com turbante. Na verdade, falamos, por exemplo, de um desfile de coleção afro com modelos brancas. Apropriação é quando nos é tirada a oportunidade. Falta espaço”, explicou.

REPRESENTATIVIDADE
Negra Li interpretou uma costureira de 40 anos chamada Fátima em uma série do SBT, a Z4. Pouco após a estreia, em julho passado, ela criticou ser uma das únicas pessoas negras no elenco.

"Não é fácil chegar num restaurante e só ver negros servindo. Não é fácil nunca ser atendida por um médico ou dentista negro. Eu falei, depois, que achei um absurdo que só tinha eu de negra ali. Eu fiquei contando nos dedos”, desabafou no Morning Show.

Para ela, é essencial que as pessoas lutem contra o preconceito. “Quando [nós, negros] falamos é mimimi, mas se você [Paula] que é branca falar sobre isso, vai ajudar. Não basta não ser racista, tem que ser antirracista”, defendeu.