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Pandemia do Covid-19: o vírus pode ser perigoso para as crianças?

Confira qual o verdadeiro risco que o Coronavírus pode apresentar para as crianças

Beatriz Cresciulo Publicado em 18/03/2020, às 17h26 - Atualizado às 17h34

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Ticiane Pinheiro surge lavando as mãos com Rafaella e fala sobre prevenção do Covid-19 - Instagram: @ticipinheiro
Ticiane Pinheiro surge lavando as mãos com Rafaella e fala sobre prevenção do Covid-19 - Instagram: @ticipinheiro

O Covid-19 surgiu em dezembro passado, mas rapidamente tornou-se causa de preocupações para  famílias no mundo inteiro. Isso porque, apesar do principal grupo de risco ser o de pessoas maiores de 60 anos, a doença já causou a morte de crianças, pegando todos de surpresa. 

Mas não precisa ter pânico! De acordo o pediatra Nelson Douglas Ejzenbaum, da Sociedade Paulista de Pediatria (SBP), o Coronavírus apresenta, sim, um risco para a saúde dos pequenos. Contudo, seu perigo não é maior do que o causado pelas demais enfermidades já conhecidas. 

“Como é uma doença que se apresenta de maneiras diferentes em indivíduos diferentes, existe uma ameaça maior conforme a idade do doente vai aumentando”, explica o médico em entrevista à AnaMaria Digital. “Por isso que pessoas mais velhas têm mais chances de terem infecções severas.” 

QUANDOPROCURARUMMÉDICO?

Segundo o especialista, que é membro da Academia Americana de Pediatria, é essencial que os responsáveis fiquem atentos quanto a presença de sintomas nos pequenos. São eles:

  • Febre alta por mais de dois dias e problemas respiratórios mais sérios, principalmente nas crianças com menos de dois anos, já que elas ainda não têm um sistema imunológico bem desenvolvido. 

“Se tiver uma piora clínica, será preciso levá-la até o hospital para ser avaliada. Caso contrário não, pois as pessoas devem evitar o contato com pessoas doentes”, ressalta o pediatra. 

Mesmo que a criança apresente condições prévias, como diabetes, asma ou tratamentos contra o câncer, a doença ainda se apresenta de maneira mais nociva nos  idosos. 

“Crianças imunossuprimidas podem ter um risco maior, mas isso não significa que seja sempre assim”, relembra o médico.

OS PEQUENOS PODEM TRANSMITIR O COVID-19?

Uma vez que bebês e crianças podem apresentar sintomas mais brandos da doença, o profissional destaca a importância deles não praticarem atividades extracurriculares ou terem contato com pessoas mais velhas.

Afinal de contas, os pequenos podem acabar sendo fáceis transmissores do Covid-19. “Muito cuidado com as mucosas, evitar tossir, espirrar perto dos outros, limpar bem o nariz. O vírus passa por secreção e pode contaminar todo mundo”, assegura. 

Além disso, vale destacar o valor de ensinar aos filhos a importância da higienização das mãos. Foi o que fez a apresentadora Ticiane Pinheiro, que aproveitou o período de quarentena para falar sobre o assunto com a filha mais velha, Rafaella.

"Por aqui já estamos no clima de prevenção! Higienizar as mãos com água e sabão frequentemente é uma das formas de evitar o contágio não só do Coronavirus como de diversas doenças. Ensine seus filhos e previnam-se", avisou ela. 

E NA HORA DA AMAMENTAÇÃO?

Para as mamães de recém-nascidos infectadas pela doença, a indicação é: não pare de amamentar. O leite materno é o principal transmissor de imunoglobulina para bebê, sendo esse um fator crucial na proteção do organismo do pequeno. 

“Minha orientação é que, caso a mãe esteja com tosse e espirrando, ela use uma máscara e mantenha a amamentação normalmente”, indica o especialista. 

Além disso, segundo algumas medidas sugeridas pela UNICEF, é interessante que as mães tomem o cuidado de lavar bem as mãos antes e depois de interagir com o bebê durante o aleitamento.

É POSSÍVEL SE CONTAMINAR MAIS DE UMA VEZ COM O COVID-19?

Diante de toda essa exposição ao Coronavírus, a pergunta que não quer calar é: crianças contaminadas hoje correm o risco de se contaminarem novamente no futuro? 

De acordo com Ejzenbaum, em detrimento da existência de sete subtipos do vírus causador da enfermidade, as autoridades e instituições médicas seguem na tentativa de buscar identificar a possibilidade de mutação do Covid-19. 

Isto significa que, após a descoberta de uma futura vacina para o Novo Coronavírus, por exemplo, nada impede que aqueles que já foram infectados pelo vírus se tornem suscetíveis a uma nova versão da doença. 

“Isso ocorre com o vírus da gripe. Pode ser que algumas pessoas tenham o Covid-19 hoje e em dois anos acabe sendo contaminado com uma variação genética desse mesmo vírus mais branda”, explica o profissional