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Padre Júlio Lancelotti derruba pedras colocadas em viaduto: ''Temos que olhar para as pessoas em situação de rua''

O sacerdote esteve no 'Encontro' e ressaltou que há grupos que se abrigam nesses locais

Da Redação Publicado em 04/02/2021, às 14h19 - Atualizado às 14h39

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O padre é coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo - Globo
O padre é coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo - Globo

O padreJúlioLancellotti quebrou a marretadas, na última terça-feira (2), as pedras que foram instaladas embaixo de um viaduto na Zona Leste de São Paulo (SP), que impediam que os moradores de rua permanecessem no local. 

Nesta quinta-feira (4), o sacerdote, que é coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, esteve no 'Encontro' (TV Globo) e falou sobre sua luta. 

"[...] Aquilo parecia a entrada de um campo de concentração. Ele [um repórter] me disse que esteve lá (no campo de concentração) e teve a mesma sensação. Isso é desumano, é algo inaceitável!", disse ele à apresentadora, se referindo aos campos em que os judeus eram levados na Segunda Guerra Mundial. 

"Em São Paulo, isso acontece inúmeras vezes, há muitos viadutos que têm pedras. Em várias administrações isso aconteceu. Mas da forma como foi feito aqui, foi muito agressiva. Foi uma quantidade muito grande, em um espaço imenso, do tamanho de uma quadra de vôlei. Foi usado concreto, que foi chumbado no chão e com pedras pontiagudas", ressaltou para FátimaBernardes

Para o padre, é preciso olhar para as pessoas em situação de rua com mais empatia e respeito, já que elas são expostas a todo tipo de preconceito e discriminação.

"Eu estou nessa luta há 35 anos, é uma luta e um caminho sem volta. Eu sei que, muitas vezes, vou perder, mas não luto para ganhar, mas para permanecer fiel até o fim. Precisamos de mais gente para defender os mais pobres, os seres humanos", completou."Temos que olhar para as pessoas em situação de rua como seres humanos. Essas pessoas são expostas a todo tipo de preconceito e discriminação", falou.

Após a repercussão negativa, a Prefeitura de São Paulo decidiu retirar pedras em questão.