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Quando eles cuidam de nós

Animais, como cães e gatos, trazem alegria à casa e, ao lado de cavalos e coelhos, também aos hospitais!

Redação Publicado em 16/05/2016, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Quando eles cuidam de nós - Shutterstock
Quando eles cuidam de nós - Shutterstock
Quem divide a vida com um bichinho, sabe dos poderes que ele tem – a rotina ganha alegria, a gente dá mais risada e o clima melhora na hora. Sabia que em um hospital o efeito é mesmo? Está comprovado que a terapia com pets pode melhorar e muito a saúde dos pacientes. 
“Quando eles chegam, quebram o clima de dor e tensão e alegram o ambiente”, conta a psicóloga Laís Milani (SP), diretora da ONG Inataa (Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais), uma organização não governamental que reúne 90 voluntários (com e sem cães). 


Resultado eficaz
Os bons efeitos desse tipo de terapia estão provados cientificamente. "Pesquisas indicam que, após 15 ou 20 minutos de contato com o cão, a pessoa libera neurotransmissores e hormônios relacionados ao bem-estar, como dopamina, endorfina e oxitocina. Regula os batimentos cardíacos e inibe a produção de cortisol, hormônio associado ao estresse", explica Laís.


Cura a galope
Gatos, coelhos e cavalos, interagem bem em terapias. Os bichanos e coelhos despertam sentimentos de ternura. Já o cavalo é o protagonista da equoterapia, tratamento reconhecido desde 1997 pelo Conselho Federal de Medicina por estimular grupos musculares de quem cavalga. “Com a manobra do dorso, o cavalo promove um movimento similar ao da caminhada”, explica a fonoaudióloga e equoterapeuta Lenora Ávila. Indicada em casos de paralisia cerebral, derrame, síndrome de Down, Parkinson e autismo, entre outros problemas.


Conforto psicológico
“Com o movimento do cavalo, o cérebro produz estímulos de `normalidade’, como se a pessoa estivesse andando. As células íntegras formam pontes com as lesadas, ajudando a restaurar os movimentos e o tônus muscular”, explica Lenora. Na terapia com cadeirantes, ela diz que os pacientes relatam a sensação de trocar “duas pernas ruins por quatro boas”. Sem contar o prazer psicológico. “Imagine uma pessoa que vive sentada, de repente, enxergar o mundo de cima de um animal de 1,70 m de altura”, diz. O lado simbólico do bicho também conta. O cavalo é ligado à conquista, força e coragem. E o melhor: graças ao trabalho das ONGs, o custo da equoterapia não é nada “cavalar”. Mas vale ressaltar: terapias com animais não funcionam para tudo nem para todos. “Os resultados positivos são inquestionáveis, mas cada terapia é indicada para um tipo de problema e precisa ser recomendada por especialistas”, diz.


Amor incondicional
O cachorro é um animal no qual as pessoas projetam emoções e lembranças que tornam os problemas mais leves. Quem já passou por doenças graves ou experiências de perda sabe que, às vezes, o melhor remédio é uma companhia silenciosa. Por isso, acariciar um cão conforta e ajuda a curar. E há outros benefícios. A fisioterapia é uma das especialidades que ganham eficiência com a presença de um animal. “No asilo, por exemplo, é mais fácil fazer o idoso levantar o braço jogando um graveto para o cão buscar”, conta Laís. Para atuar como terapeuta, o cão passa por uma avaliação de saúde e temperamento. Ele deve ter boa índole, ser dócil, obediente e gostar do que faz. As visitas costumam durar uma hora.


15 minutos milagrosos
Segundo a organização americana Pet Partners Delta Society, a convivência diária com um animal ajuda a resolver problemas de saúde.

✔ A presença de cães em hospitais reduz a pressão sanguínea e controla ansiedade dos cardíacos.

✔ Um cachorro na sala de espera de consultórios traz calma às crianças.

✔ Taxas de colesterol, triglicérides e pressão arterial são mais baixas em pessoas que possuem um animal.

✔ A fisioterapia é mais eficaz quando o profissional tem um cão como assistente.

✔ Pacientes com Alzheimer têm menos problemas de comportamento e comem melhor onde há um aquário.

✔ Idosos que possuem um animal vão ao médico com uma frequência menor.

✔ Menos stress e depressão foram registrados em portadores do vírus HIV que vivem com animais, além da vontade de superar a doença.

✔ Em adultos saudáveis, os bichos de estimação propiciam a redução do estresse e da solidão. Crianças superam melhor doenças ou perdas.


Saiba mais:

www.inataa.org.br
www.polmil.sp.gov.br
www.equoterapiatexasranch.com.br
www.deltasociety.org