Jornalista sofreu um infarto após partida de futebol
Da Redação Publicado em 27/03/2019, às 08h05 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46
Rafael Henzel, 45, jornalista que sobreviveu ao acidente aéreo da Chapecoense em 2016, faleceu na noite da última terça-feira (26) após sofrer um infarto, em Chapecó (SC).
Ele estava jogando futebol com os amigos quando teve um ataque cardíaco. Em seguida, Rafael foi levado ao hospital regional, ainda com sinais vitais, mas não resistiu.
O jornalista trabalhava na rádio Oeste Capital e, um ano após sobreviver à tragédia, voltou à rotina dos jogos normalmente.
Na rádio Oeste Capital, o radialista Marcinho San comunicou o falecimento aos ouvintes: "Nosso colega Rafael Henzel veio a falecer. Ele jogava futebol com amigos e sofreu um infarto fulminante. Foi conduzido ao Hospital Regional de Chapecó, onde foi confirmado o falecimento do colega jornalista, narrador, Rafael Henzel."
Em nota, o Hospital Regional do Oeste, de Chapecó, informou que Henzel morreu às 21h10. De acordo com o comunicado, ele chegou na unidade em parada cardiorrespiratória, vítima de um mal súbito durante jogo de futebol com amigos e colegas de imprensa. Todas as medidas de reanimação possíveis foram adotadas, entretanto, sem sucesso.
SÍMBOLO
A Chapecoense lamentou a morte de Rafael em um comunicado afirmando que ele era um símbolo da reconstrução do clube.
"Durante a sua brilhante carreira, Rafael narrou, de forma excepcional, a história da Chapecoense. Tornou-se um símbolo da reconstrução do clube e, nas páginas verde e brancas desta instituição, sempre haverá a lembrança do seu exemplo de superação e de tudo o que fez, com amor, pelo time, pela cidade de Chapecó e por todos os apaixonados por futebol."
A nota desejou apoio à família. "Força para enfrentar mais um momento tão difícil e esta perda irreparável. Os sentimentos e as orações de todos os chapecoenses, torcedores e ouvintes, estão com vocês."
Henzel foi um dos quatro sobreviventes do voo LaMia 2933. O avião, que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia, caiu em 28 de novembro de 2016 próximo ao aeroporto de Medelin e matou 71 pessoas.
Em 2017, ele lançou o livro Viva Como se Estivesse de Partida, em que fala sobre a tragédia, com mensagem de importância à vida. Ele deixa filho e esposa.
