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Tecnologia para crianças: quais são os prós e contras? 

Nosso colunista, Juliano Schimiguel, garante que existe uma forma de encontrar o equilíbrio

Juliano Schimiguel Publicado em 12/08/2020, às 08h00

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Tecnologia para crianças: quais são os prós e os contras? - Imagem de Nadine Doerlé por Pixabay
Tecnologia para crianças: quais são os prós e os contras? - Imagem de Nadine Doerlé por Pixabay

Um dos grandes problemas que as famílias com filhos enfrentam, particularmente neste momento de pandemia, é o uso excessivo das tecnologias. E, quando falamos nelas, podemos incluir o tablet, a TV, o computador, o vídeo-game (consoles como Play Station, XBOX e Wii) e também o smartphone.

Sim, sabemos que, devido ao momento em que estamos passando, com o confinamento ocasionado pela COVID-19, não temos muitas alternativas. Isso faz com que, atualmente, a tecnologia passassem a ter, ao mesmo tempo, o papel de heroi, mas também de vilã. 

Todos esses aparelhos são fantásticos porque prendem a atenção de nossos pupilos que, distraídos, nos deixam trabalhar e executar atividades de casa. Também nos permite descansar um pouquinho, vai! Nem que seja por alguns minutos... rs.

Por outro lado, essas mesmas tecnologias podem ser verdadeiras vilãs, deixando nossas crianças por tempo demais na frente das telinhas do celular e da TV. Essa exposição excessiva às tecnologias poderia até gerar um certo ‘vício’ e dependência, com chance de prejudicar nos estudos regulares em suas escolas.

COMO USAR AO SEU FAVOR
Como vantagens das tecnologias para a molecadinha, podemos destacar a grande quantidade de documentários efilmes educativos que temos disponível principalmente através de plataformas de streaming, como Netflix, Amazon, entre outras. O próprio Youtube também disponibiliza muitos conteúdos interessantes. É claro que essas aplicações exigem controle dos pais, através de configurações específicas a serem feitas nesses sistemas. 

Ainda como aspectos favoráveis, podemos destacar a infinidade de aplicativos (APPs) educativos existentes, disponíveis em plataformas como Play Store (celulares Android) e Apple Store (celulares IPhone).

Muitos desses aplicativos lançam mão do que chamamos de gamificação, ou o uso de conceitos e elementos de games/jogos a favor da educação. O melhor exemplo de um aplicativo gamificado é o Duolingo, que possibilita aprendizado de várias línguas, como inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, esperanto, entre outros.

Nele, a criança aprende de forma lúdica e divertida, interagindo com perguntas, atividades e enquetes. Cada resposta correta dá direito a pontos, que ajudam a criança a subir seu nível de classificação, como se realmente fosse um jogo. 

Quando o aluno erra, o app fornece novas perguntas e conteúdos, para o que mesmo possa aprender com os erros. Quanto mais o aluno joga, mais aprende e evolui, liberando (ou libertando! rs) novos conteúdos, livros e materiais digitais da língua de seu interesse.

CRONOGRAMA PARA TER EQUILÍBRIO
É claro que a tecnologia pode e deve ser utilizada, mas com equilíbrio. O ideal é que os pais criem um cronograma de atividades para seus filhos. Coloque o momento de estudos na escola (aulas remotas agora na pandemia), o de realizarem suas tarefas, a hora do lazer (com a TV, smartphone, jogos) e também o período para brincar no ‘sol’ (se possível), pois ajuda com a Vitamina D e ainda faz eles gastarem energia pelo bem da saúde, não é mesmo?

HORA DE BOTAR LIMITES
Se os pais estiverem com certa dificuldade para planejar esse cronograma de seus pupilos, poderão usar ferramentas e aplicativos automáticos para tal tarefa. É possível, por exemplo, aplicar filtros no smartphone, na rede social Youtube, entre outros. 

Também existem aplicativos específicos para controlar as ações de nossos pequenos em seus dispositivos móveis. Podemos destacar os aplicativos Google Family Link, Safe Family, Find MyKids, PlayKids, BabyCenter, Mãe Coruja, FamilyTime, etc.

O app FamilyTime, especificamente, monitora as atividades das crianças, dando a localização dos pequenos, os registros de acesso à internet, informações sobre ligações telefônicas, bloqueio de aplicativos, bloqueio de tela, hora de dormir, etc.

O PlayKids, apesar de pago, é um dos melhores aplicativos existentes para jogos. Já o Find MyKids e o Mãe Coruja oferecem ferramentas para rastreamento dos pequenos, bem como outras possibilidades para segurança e localização das crianças.

Enfim, a tecnologia é benéfica, mas deve ser usada com moderação. Aliás, tudo o que usamos em excesso pode gerar problemas, certo? Talvez, neste momento de confinamento, extrapolamos um pouquinho com os celulares e com a TV, o que é normal. Mas lembre-se: moderação!

Juliano Schimiguel é pesquisador, professor universitário e escreve sobre tecnologias da informação e comunicação (TICs), além de seu impacto na sociedade e no ensino. Para encontrá-lo, basta acessar seu Linkedin ou mandar um e-mail: schimiguel@gmail.com