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William Bonner diz que o nome do filho foi usado em golpes: ''Não pediu auxílio emergencial''

Jornalista usou o Twitter para falar sobre a aplicação de fraudes

Da Redação Publicado em 21/05/2020, às 11h21 - Atualizado em 25/06/2020, às 23h14

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Vinicius Bonemer é filho de William Bonner com Fátima Bernardes - AgNews
Vinicius Bonemer é filho de William Bonner com Fátima Bernardes - AgNews

William Bonner voltou a usar o seu Twitter para escrever um longo desabafo nesta quinta-feira (21). Ele falou sobre os golpes que são aplicados em nome de seu filho com Fátima Bernardes, Vinicius Bonemer, de 22 anos. Uma dessas fraudes inclui o pedido do auxílio emergencial do governo durante a pandemia de coronavírus.

O âncora do Jornal Nacional afirmou que o nome de Vinicius tem sido usado em golpes há cerca de três anos. "Interrompo meu silêncio no Twitter para denunciar uma injustiça e uma fraude com dinheiro público. Primeiro, a injustiça. Estelionatários têm usado há 3 anos o nome e do CPF de meu filho para fraudes, como a abertura de empresas ou a contratação de  serviços de TV por assinatura, entre outras", escreveu ele. 

O jornalista acrescentou que acionou os seus advogados para encerrar as "falcatruas" e que todas foram registradas à policia com boletins de ocorrência. "A repetição de fraudes chegou ao ponto de tornar recomendável uma troca do CPF. Mas, no Brasil, a vítima de golpes dessa natureza precisa passar por uma longa provação, em que tempo e dinheiro se esvaem no desenrolar do processo burocrático", explicou Bonner.

"Por justiça, não deveria ser assim. Meu filho e qualquer cidadão vítima de estelionato precisariam ser defendidos pela burocracia, em vez de punidos por ela. Somos brasileiros. Temos combatido cada nova fraude com persistência e resignação. Mas elas não param. E aí entramos na questão da proteção do dinheiro público", disse. 

AUXÍLIO EMERGENCIAL

Bonner explicou também que um jornal havia obtido documentos do suposto pedido de Vinicius para o auxílio emergencial do governo. "Meu filho não pediu auxílio nenhum, não autorizou ninguém a fazer isso por ele. Mais uma fraude, obviamente. Apresentados os fatos, o jornal corretamente não publicou a matéria."

No entanto, o pedido do fraudador foi aprovado. "Mas, desta vez, o que vem à tona é ainda mais grave. Pelos critérios do programa de auxílio emergencial, alguém nas condições sócio-econômicas do meu filho não tem direito aos 600 reais da ajuda. Portanto, quem quer que viesse a usar o nome, o CPF e dados pessoais dele deveria receber como resposta ao pleito um 'não'. Mas, pelo que vimos ao consultar o site do Dataprev, o pedido de auxílio feito por um fraudador foi aprovado. O fraudador provavelmente indicou que não tinha conta bancária e abriu a conta específica da Caixa - a que, obviamente, meu filho não tem acesso. Portanto, sequer sabemos se o dinheiro foi depositado e se foi sacado."

O âncora ainda questionou a segurança contra fraudes do programa. "Leio no Globo que a Dataprev não verificou na Receita se os CPFs, embora pertencentes a pessoas sem renda própria, eram de dependentes de cidadãos com renda (como filhos, filhas,parceiros,parceiras). Quantos entre esses foram vítimas de fraudadores, como aconteceu com meu filho? Quantos entre esses realmente fraudaram o programa? Meu filho não fraudou, é vítima e pode provar", afirmou ele. 

"Como já informei, há 3 anos meu filho tem sido alvo de golpes de estelionatários, denunciados à polícia. Neste caso, o crime é contra ele, contra todos os que tiveram seus nomes indevidamente usados, e também contra todos os brasileiros, porque ataca os cofres públicos", alegou.

Bonner finalizou afirmando que uma nova queixa-crime será prestada, além de exigir que seja feita uma apuração mais rápida da fraude. "Para que se resguardem o patrimônio público e a confiança dos cidadãos nos mecanismos de controle desse programa. E para que o controle eficaz do programa não prejudique ainda mais aqueles cidadãos que realmente precisam do auxílio neste momento tão doloroso", concluiu o apresentador.