Fabiana Justus tirou dúvidas sobre a doação e explicou a ausência de fila para o transplante de medula óssea
Fabiana Justus, que foi diagnosticada com Leucemia Mieloide Aguda (LMA), passou por um transplante de medula óssea, há cerca de duas semanas. Ainda se recuperando, a filha de Roberto Justus esclareceu algumas dúvidas sobre o processo de doação - em especial, a ausência da "fila".
A empresária explicou que o transplante de medula óssea não é como um transplante de órgão sólido: "Existe uma confusão: não existe fila porque o órgão sólido pode servir para várias pessoas. A medula óssea tem que ser compatível com uma pessoa", iniciou.
Fabiana continuou: "As pessoas fazem teste de compatibilidade e uma pessoa vai ser compatível com você como doador. Então, não tem fila. O cadastro está lá, todo mundo vai com um número e eles testam essa compatibilidade com todo mundo que está no sistema nacional e internacional".
"Não tem fila. Ninguém corta fila, não existe isso. Existe a sorte de você encontrar alguém compatível". No caso dela, o doador compatível foi encontrado fora do Brasi. No entanto, está é a única coisa que ela sabe, além de ter sido informada que trata-se de um homem: "Por enquanto, eu só posso saber isso. Depois, eu vou poder escrever carta e, possivelmente, conhecer".
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O Brasil é o terceiro maior banco de doadores do mundo, com cerca de 3,5 milhões de possíveis doadores cadastrados. Porém, isso não significa que é fácil encontrar pessoas compatíveis. O processo para encontrá-los é complexo e pode demorar anos.
Segundo o Ministério da Saúde, a chance de encontrar compatibilidade é de 1 em cada 100 mil não familiares. Para aparentados, é de 1 em 100 de doadores. A boa notícia é que não precisa ser 100% compatível para ocorrer um transplante: em alguns casos, índices próximos a 50% são suficientes.
O cadastro de doadores fica armazenado no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Os receptores se cadastram no O REREME (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea). Os dados são cruzados e, desta forma, a compatibilidade é checada.
O transplante de medula óssea é um tratamento essencial para diversas doenças que afetam as células sanguíneas, como leucemias e linfomas. Esse processo consiste na substituição da medula óssea doente por células saudáveis, promovendo a recuperação do paciente, e AnaMaria te explica como é feito.
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