Descubra como alimentos e bebidas podem piorar as crises de enxaqueca; saiba quais são os gatilhos comuns e como evitar
As causas da enxaqueca são diversas e ainda não são completamente compreendidas pela ciência. No entanto, alguns fatores desencadeantes incluem estresse, uso excessivo de medicamentos, tabagismo, jejum prolongado e consumo inadequado de certos alimentos e bebidas.
AnaMaria conversou com a nutricionista Nadya Caroline Mambelli Magri, sobre o assunto. Segundo ela, cada pessoa reage de forma diferente aos alimentos, sendo importante uma avaliação nutricional para identificar quais alimentos podem desencadear crises de enxaqueca.
Alimentos como café, quando consumidos moderadamente, podem ser saudáveis, mas em pessoas sensíveis, podem piorar a dor durante uma crise de enxaqueca. Interromper bruscamente o consumo de cafeína também pode desencadear crises.
A especialista enfatiza que não é recomendável eliminar completamente alimentos da dieta sem um diagnóstico adequado, pois isso pode levar a deficiências nutricionais que prejudicam a saúde geral.
Alguns alimentos e bebidas conhecidos por desencadear enxaquecas incluem vinho tinto, aguardente, cerveja, queijos maturados, carne de porco, chocolate, laticínios e frutas cítricas, devido às aminas vasoativas que contêm.
Aditivos alimentares como aspartame, glutamato monossódico e nitrato de sódio, bem como corantes, também podem ser gatilhos para a enxaqueca. Alimentos enlatados, processados e com conservantes também são conhecidos por desencadear crises de enxaqueca.
Manter uma alimentação saudável, com consumo equilibrado de alimentos naturais em vez de produtos industrializados, e garantir uma boa hidratação são medidas importantes para prevenir crises de enxaqueca.
Alimentos ricos em magnésio, como espinafre, sementes de abóbora, amêndoas, feijão preto e grão-de-bico, podem ajudar, pois o magnésio desempenha um papel importante na regulação dos neurotransmissores e na saúde dos vasos sanguíneos.
Fontes de ômega-3, como peixes gordurosos (salmão, sardinha), sementes de linhaça e chia, nozes e óleo de peixe, podem ter efeitos anti-inflamatórios que podem ser benéficos para algumas pessoas com enxaqueca.
Esses hábitos não apenas ajudam a evitar a enxaqueca, mas também contribuem para a saúde geral do corpo e para uma vida longa e saudável.
Existem mais de 150 tipos de dores de cabeça, sendo a enxaqueca uma das mais comuns em todo o mundo. Ela é uma doença que afeta o sistema nervoso e vascular, causada por um desequilíbrio químico no cérebro.
Geralmente, é caracterizada por uma dor latejante em um lado da cabeça, podendo ocorrer episódios esporádicos ou até várias vezes por mês, com crises que podem durar até 72 horas. Há também um tipo de enxaqueca que não causa dor, mas sim sintomas como vertigem, tontura e desequilíbrio.
A enxaqueca apresenta quatro fases principais: a fase premonitória (pródromo), a aura, a crise e o período pós-crise (pósdromo), nessa ordem, embora nem todas as pessoas experimentem todas as fases.
A doença é dividida em dois subtipos: com aura (25% dos casos) e sem aura (75%). A enxaqueca sem aura é caracterizada por dor unilateral, de intensidade moderada a severa, que pode piorar com atividades físicas normais.
Os sintomas incluem náusea, sensibilidade à luz (fotofobia), desconforto diante de sons e odores fortes, e podem estar associados a problemas gástricos.
A enxaqueca com aura está relacionada a sintomas neurológicos focais transitórios que precedem ou acompanham a dor de cabeça.
Esses sintomas podem afetar a visão ou outros sentidos, e geralmente ocorrem em apenas um lado do corpo ou do campo visual, podendo envolver problemas de fala, sensações sensoriais ou movimentos motores.
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