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Quando devo me preocupar com a queda de cabelo?

Médicos explicam o problema, falam sobre tratamentos e dão dicas de cuidados essenciais

Karla Precioso

por Karla Precioso

kprecioso@editoracaras.com.br

Publicado em 09/09/2023, às 14h30

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Queda de cabelo: quando devo me preocupar? - Unsplash
Queda de cabelo: quando devo me preocupar? - Unsplash

Queda exagerada de fios deve ser motivo de atenção. Para Marcelo Pitchon, médico-cirurgião especializado em transplante capilar, é muito importante observar quedas pontuais ou mais volumosas. Se houver perda de volume de cabelo, em alguma região específica da cabeça ou da face (entradas, testa, têmporas, costeletas) deve-se buscar avaliação médica – o mesmo vale para quando for comum ver muitos fios no travesseiro, roupa e escova.

“O tratamento vai depender sempre da causa, do diagnóstico correto, com uso de medicamentos via oral ou tópica. O transplante de cabelo, desde que necessário, também pode ser indicado por um especialista, especialmente quando a busca é por um resultado definitivo", explica. Saiba quando é preciso se preocupar de fato com a queda dos fios!

TRATAMENTOS CLÍNICOS

O dermatologista e membro-titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Felipe Chediek, explica as opções: intradermoterapia (ou mesoterapia), que consiste na aplicação de microinjeções no couro cabeludo para administrar medicamentos, ativos e suplementos importantes para o metabolismo
do folículo piloso, acelerando o crescimento e fortalecimento dos fios.

Outra modalidade é o laser de baixa intensidade, o qual faz uma fotobioestimulação do folículo piloso, estimulando o crescimento dos fios. Existe ainda o microagulhamento (aplicação de um aparato composto por um rolo contendo microagulhas que favorecem a penetração de ativos aplicados sobre o local e por si só induz à produção de fatores de crescimento que estimulam o crescimento capilar), o plasma rico em plaquetas (técnica que utiliza uma porção do sangue do próprio paciente a ser aplicada no couro cabeludo, estimulando o crescimento capilar), entre outros.

EFEITO DO TEMPO

É certo que, com o passar dos anos, o fio de cabelo, se não tratado, vai ficando cada vez mais fino, até chegar em um determinado momento em que o poro (onde sai o fio) se fecha, não tendo mais como reavê-lo, já que chegou em estágio de atrofia. Nesse momento, o tratamento clínico fica limitado e é necessário implantar um novo fio no local.

A melhor forma de entender as causas da queda de cabelo, o que é calvície e, por consequência, os tratamentos para alopecia androgenética é conhecer o processo capilar, dividido em três fases. Na primeira etapa, chamada anágena, ocorre o crescimento dos fios, que dura de três a cinco anos; logo após, ocorre um período de transição, conhecido por catágeno, em que os fios morrem, mas permanecem unidos ao folículo capilar; por fim, na fase telógena, novos fios nascem e empurram os já ‘mortos’ anteriormente.

O que causa a queda é uma variação nessas fases, ou seja, além dos fios não crescerem de maneira apropriada na fase anágena, a etapa telógena aumenta. Como resultado, os fios tornam-se incapazes de atingir a superfície da pele. Outro fator é o papel da testosterona nesse processo, principalmente na fase telógena, pois cada folículo possui uma carga genética diferente e, em certas áreas da cabeça, essas bolsas capilares carregam também uma enzima que transforma a testosterona em DHT (di-hidrotestosterona).

A influência do DHT no couro cabeludo pode variar de acordo com a genética dos folículos: pode causar apenas a diminuição da espessura dos fios, a queda excessiva de cabelo nas chamadas entradas, regiões próximas à testa, e, em casos mais graves, até a morte celular dos folículos de toda a cabeça, causando perda total dos fios.

CUIDADOS NA ROTINA DIÁRIA

Lais Leonor, dermatologista da clínica Dr. André Braz, no Rio de Janeiro, dá as dicas:

  • Evite o uso de chapinha ou secador muito quentes. O calor só aumenta a secura preexistente. Verifique se é possível regular a temperatura do aparelho e não use por longos períodos;
  • Siga uma dieta saudável, rica em vitaminas D e B12, ferro e proteína - essenciais para a manutenção do ciclo capilar;
  • O xampu a seco pode ser usado uma vez para despistar a oleosidade, porém não se recomenda a reaplicação;
  • Não deixe de lavar os cabelos regularmente e nunca durma com os fios molhados;
  • Durante o banho, utilize água mais fria para os cabelos;
  • Aplique máscaras para recuperação capilar duas vezes na semana. Mas não substitua o condicionador
    pela máscara - esta tem ação mais interna e o condicionar age mais na cutícula.
  • Procure utilizar um finalizador térmico à base de argan para a proteção dos cabelos.