Sinônimos de estilo para algumas pessoas, tattoos e piercings ainda possuem alguns tabus e também envolvem mitos e verdades quanto à pele
Por mais que ainda sejam um tabu, tattoos e piercings se tornaram sinônimos de estilo para quem quer incrementar o visual - de maneira permanente. As dúvidas sobre o assunto são várias, ainda mais quanto à pele. Dói? Pode causar traumas? Causam irritação?
À AnaMaria, a dermatologista Bruna Morassi, do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim), listou os mitos e verdades sobre tattoos e piercings que você precisa conhecer. Veja a seguir!
VERDADE! Seja decorativas ou de maquiagem, as tatuagens podem causar uma resposta inflamatória aguda transitória. Ou seja, podem ocorrer dores, formação de bolhas, crostas e pequenos sangramentos. O organismo ainda pode responder com pus e febre nos casos mais graves.
Vale lembrar que essas reações alérgicas, muitas vezes, estão relacionadas com um tipo de pigmento, principalmente o vermelho. Além disso, essas irritações não têm um momento certo para se manifestar. Ou seja, pode ser logo após a tatuagem ou depois de anos.
Com os piercings não é muito diferente. Os traumas podem ser: sangramento local, infecções bacterianas e até transmissões virais, como a hepatite, se o material não for esterilizado na perfuração.
Ele ainda pode provocar irritações na pele e inchaço, se você tiver alergia ao metal. Por isso, dê preferência ao uso de metais como titânio ou aço inoxidável cirúrgico nos piercings. Não se esqueça de procurar um estúdio seguro e confiável para fazer a perfuração.
Já para evitar tais traumas, o ideal é ter o máximo de cuidado nos primeiros dias após realizar tattoos e piercings. “Eles devem ser lavados diariamente três vezes ao dia com água corrente e sabonete antiséptico. Em locais de mucosa, como língua, o paciente deve usar enxaguante bucal após a ingestão ou consumo de qualquer produto - exceto água”, afirma Bruna.
VERDADE! Existem tecnologias que facilitam o processo de remoção de tatuagem, como o laser. "Geralmente, os mais utilizados são o Q-switched, laser ablativo e laser em picossegundos", explica a dermatologista.
Mas, vale destacar que o procedimento pode causar desconforto. "Alguns sentem a mesma dor de tatuar e outros podem ter uma dor mais intensa", afirma.
O número de sessões para remover uma tattoo varia. Isso porque depende do tipo de pele do paciente e da tatuagem em questão. "Pode levar de seis a 20 sessões. Como são procedimentos que envolvem tecnologia, geralmente seu valor é mais elevado", frisa Bruna.
Além disso, é possível tatuar no mesmo lugar novamente. Entretanto, é preciso esperar a cicatrização da pele depois da última sessão. De acordo com a especialista, este período pode ser de oito semanas para mais.
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MITO! Existem alergias de contato ao metal. Isso quer dizer que um simples contato com o material utilizado pode desenvolver uma irritação ao longo de meses ou anos. Nesses casos, é comum que o local do piercing fique vermelho, podendo apresentar coceira e descamação.
MITO! Os pacientes que já têm doenças dermatológicas não podem fazer tattoos e piercings. No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente com um dermatologista.
VERDADE! Umbigo e orelha são as regiões com maiores complicações para piercing. Mas, os casos de problemas mais graves e arriscados são língua e região genital. Quanto às tatuagens, mucosas oral e genital são consideradas locais contaminados e, portanto, apresentam maior risco.
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VERDADE! Tattoos e piercings na orelha, ombro e peito são mais propensos a queloides. Lembrando que é mais frequente em pessoas de 10 a 30 anos, porém, no geral, pode acontecer com qualquer pessoa.
VERDADE! Além dos cuidados locais com tattoos e piercings e do uso de pomadas cicatrizantes, é ideal evitar o consumo de álcool e cigarro, além de manter uma dieta balanceada.
Vale ressaltar que hipertensão, obesidade, diabetes e doenças autoimunes também podem interferir no processo de cicatrização. Logo, elas devem ser controladas antes dos procedimentos.
"Quanto a dieta, não há clara evidência ainda, porém, ômega 3 (presente em alimentos como salmão, atum), quercetina (presentes em cebolas, maçã e frutas vermelhas) e fitosterol (presente em abacate e grão de soja) podem beneficiar os pacientes", diz Bruna.
O uso de protetor solar é essencial nas tatuagens, uma vez que a exposição inadequada ao sol pode comprometer a qualidade estética do desenho, prolongar o tempo de cicatrização e aumentar o risco de complicações.
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