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Trocar de empréstimo é um bom negócio?

Saiba exatamente quanto do seu orçamento pode ser disponível para você arcar com as parcelas antes de analisar a proposta

Marcela Kawauti (*) Publicado em 28/08/2018, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Trocar de empréstimo é um bom negócio? - iStock
Trocar de empréstimo é um bom negócio? - iStock

"Fiz alguns empréstimos com o banco e restam apenas três parcelas para encerrar dois deles. Os outros ainda faltam cerca de 15 parcelas cada. O banco me ligou dizendo que tem uma proposta de renegociação, sugerindo somar todos os empréstimos e refinanciá-los em 48 parcelas (a instituição financeira diz que assim pagarei menos juros). Isso é vantagem?”
K. P., por e-mail

De fato, substituir um empréstimo por outro com juros inferiores pode ser uma boa estratégia para quem está endividado. Isso vale, especialmente, para dívidas no cartão de crédito ou cheque especial, cujas taxas estão entre as mais altas do mercado. Neste caso, pegar um empréstimo pessoal consignado – linha de crédito que está entre as mais baratas – para pagar as pendências do cartão, por exemplo, provavelmente valerá a pena. A proposta do banco pode ser vantajosa se for concedido um novo financiamento  em uma linha de crédito com juros inferiores aos dos seus empréstimos atuais. Além disso, fique atenta ao prazo de quitação da dívida. Isso porque, mesmo que os juros sejam menores, se o pagamento das parcelas se estender por muito tempo, você pode pagar um valor total até maior do que o atual. Sabendo disso, como hoje você possui mais de um empréstimo, a melhor forma de decidir se vale a pena aceitar a proposta do banco é comparar os totais. Some os valores que terá pago ao quitar todas as suas dívidas em aberto e compare com o total que pagará ao final da nova proposta do banco. E saiba exatamente quanto tem disponível do seu orçamento para arcar com as parcelas antes de analisar a proposta. Por quê? Caso assuma o novo compromisso e não consiga pagá-lo em dia, seu custo se elevará por conta dos juros, e você pode acabar inadimplente.

Custo Efetivo Total
O que torna uma operação de crédito mais vantajosa que a outra é o custo efetivo total menor. Para escolher, analise os encargos e taxas embutidos no empréstimo. Toda instituição financeira tem a obrigação de fornecer a tabela com o custo total da operação antes
da contratação da mesma. 

Renegociando
Para o credor é melhor receber algo do que nada. No banco, saiba das suas condições financeiras. Em casa, descubra sua renda total, gastos mensais, quanto deve, se tem dinheiro guardado para quitar uma parcela maior da dívida e quanto pode usar da sua renda para bancar as parcelas.

* Marcela Kawauti: aprendeu economia na graduação da Universidade de São Paulo e no mestrado da Fundação Getúlio Vargas,
além de mais de dez anos de experiência. É economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.

Envie suas perguntas para Marcela Kawauti pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br