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Não ignore este aviso!

Uma em cada dez pessoas que sofrem um AVC teve, dias antes, um Ataque Isquêmico Transitório. Entenda melhor esse problema e cuide-se

Ana Bardella Publicado em 28/06/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

Os sinais de um Ataque Isquêmico Transitório (ATI) são parecidos aos de um AVC e, por isso, assustam. Porém, como costumam desaparecer logo, muita gente nem dá bola pra eles. O problema é que, apesar de não deixar sequelas, ele deve ser encarado como um “aviso pré-derrame”, já que o risco de um AVC em até 48 horas depois de um ATI é de 10%, ou seja, um caso em cada 10. Parece pouco, mas em 2013, mais de 83 mil pessoas morreram após sofrer um AVC. Em 2015, quase 184 mil internações foram registradas pela rede pública de saúde. Entenda melhor o ATI e não deixe que esse alerta passe despercebido:


O que é

O ATI ocorre graças à obstrução de uma veia responsável por levar o sangue a uma parte do cérebro. Na maioria das vezes, a culpa é de uma placa de gordura que acabou se acumulando por ali, dificultando que o líquido passasse. Sem o sangue, o funcionamento
natural no órgão é comprometido por alguns minutos ou horas, dependendo do caso. Depois disso, o organismo consegue bombear o sangue com mais força, ele passa novamente pelo canal e o corpo volta a funcionar como antes.



Principais sintomas

Assim como ocorre no AVC, os sinais do ataque podem variar de acordo com a região do cérebro afetada. Entre os mais comuns estão: 

Perda de força de um dos lados do corpo.
Formigamento ou paralisia da face, braço ou perna (também em um dos lados do corpo).
Fortes dores de cabeça.
Dificuldade para falar ou compreender o que os outros dizem.
Perda da visão.


Todos esses sinais aparecem subitamente!



Os riscos

O ataque pode durar poucos minutos ou, em casos mais raros, chegar a duas horas. Por aparentemente não ter consequências graves, muita gente ignora, acha que está tudo bem e segue a vida normalmente, sem ir ao médico. Se acontecer com você ou com algum conhecido, não faça isso – é muito perigoso! O risco de ocorrer um AVC em até 48 horas depois de um ataque como esse é de 10%, ou seja, um caso em cada 10. E mesmo após esse período, o risco continua: a pessoa ainda tem 20% de chance – dois casos em cada 10 – de sofrer um derrame nos próximos três meses. Isso acontece porque a veia obstruída pode impedir a passagem
do sangue novamente.



Como agir

Se você ou alguém próximo estiver com alguns dos sintomas ao lado, mesmo que durem só poucos minutos, corra para o hospital. Não dê bobeira. Quando o assunto é saúde, melhor prevenir! Lá, os médicos poderão fazer exames e diagnosticar exatamente o problema. Se for mesmo um ATI, a equipe irá receitar os medicamentos que diminuirão os riscos de um AVC no futuro.



Em caso de AVC, o tempo para o atendimento é crucial

Só os médicos podem descartar que a pessoa está sofrendo um AVC. Portanto, ao menor sinal de que isso possa estar acontecendo,
busque ajuda. Um dos fatores determinantes para a recuperação de um derrame é o tempo entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para reduzir o risco de sequelas, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital. Os danos e o risco de morte são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado. Então, por via das dúvidas, corra!



Previna-se!

Por ser um problema mais comum em pessoas hipertensas e diabéticas, a prevenção é justamente tentar controlar o colesterol, a pressão arterial e o nível de glicemia no sangue. Parar de fumar e praticar exercícios físicos regularmente também são hábitos
que ajudam a evitar o problema.



Fatores de risco

Pressão alta

Colesterol alto

Diabetes

Fumo

Sedentarismo

Excesso de álcool

Obesidade

Estresse
Bem-estar e Saúde

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