Filha de Susana Naspolini lembra última conversa com a mãe: “Não larguei sua mão”

Julia Naspolini, a filha de Susana Naspolini, falou sobre os últimos momentos que teve ao lado da mãe e a incerteza do seu futuro em entrevista à Veja.

Ela comentou como anda se sentindo após a perda da mãe, que faleceu em outubro, aos 49 anos: "Há momentos em que estou bem, em outros, nem tanto. Minha mãe, meu grande exemplo, me fez ser forte. (...) Quando o médico me disse, quatro dias antes de ela nos deixar, que o quadro era gravíssimo, não pensei duas vezes. Como ela nunca perdeu a fé, gravei um vídeo e postei nas redes pedindo orações, que agradeço muito”.

Em seguida, ela falou sobre os últimos momentos que teve com Susana: “Naquele dia, já extremamente debilitada, falou comigo pela última vez. Queria que ficasse ao seu lado, e eu não larguei sua mão. Mas não deu. Ela se foi aos 49 anos", lamentou.

FUTURO INCERTO

Julia, que tem 16 anos, disse não saber como será seu futuro: se voltará a Santa Catarina com a avó ou se seguirá no Rio de Janeiro, e ainda qual carreira seguirá assim que se formar na escola.

“Nesse último ano, a gente contou com o apoio da família, em especial da minha avó materna, que vive no Sul e ficou na nossa casa. Ainda não sei se continuarei no Rio, mas quero acabar o ensino médio na escola onde sempre estudei, vivendo com minha avó", revelou à revista.

Uma das possibilidades que ela vê para o futuro é tornar-se jornalista como a mãe, Susana Naspolini, e o pai, Maurício Torres, que faleceu em 2014 depois de passar mal durante um voo.

Ela lembra que chegou a ajudar a mãe na produção de algumas reportagens: "Ela me fazia rir o tempo todo. Na pandemia, cheguei a ajudá-la a gravar em casa uma matéria sobre a tensão pré-­Enem. Roubou todos os meus chocolates para aparecer comendo no vídeo”.

"Como muita gente da minha idade, estou indecisa em relação à escolha no Enem. Não sei se tento medicina, direito ou jornalismo, seguindo os passos dos meus pais. Seja qual for a escolha, os dois já me deram grandes lições, que carrego comigo. Apesar de tudo isso não ser nada fácil, minha maior escolha mesmo é ser feliz como a minha mãe", finalizou Julia.