No Twitter, Gilberto Gil se pronunciou pela primeira vez depois das ofensas que recebeu
Da Redação Publicado em 30/11/2022, às 15h33
Quase uma semana após ser ofendido por apoiadores do Bolsonaro no Catar, Gilberto Gil quebrou o silêncio nesta quarta-feira (30) e se manifestou novamente sobre o ocorrido. Na ocasião em que foi insultado, o cantor ouviu gritos de “Vamo, Bolsonaro. Vamo, Lei Rouanet", ironizando sua presença no jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.
Por meio de seu perfil no Twitter, Gilberto se manifestou em relação às ofensas que sofreu no Catar. “As manifestações racistas, à medida que se manifestam hoje, são imediatamente identificadas e repudiadas. (...) São passos que vão sendo dados (...). A obtenção ideal de um paraíso final, onde todo o convívio seja harmônico”, escreveu ele, citando a entrevista que deu para a CNN.
“As manifestações racistas, à medida que se manifestam hoje, são imediatamente identificadas e repudiadas. (...) São passos que vão sendo dados (...). A obtenção ideal de um paraíso final, onde todo o convívio seja harmônico” #GilbertoGil #ConsciênciaNegra
— Gilberto Gil (@gilbertogil) November 30, 2022
📸 Daryan Dornelles pic.twitter.com/rj5E94UgEu
Gilberto Gile a esposa Flora Gil foram xingados por torcedores brasileiros no estádio Lusail, no Catar, durante a estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, na última quinta-feira (24).
Um vídeo que viralizou nas redes sociais na madrugada deste domingo (27) mostra o momento em que o casal se dirige à arquibancada e é abordado pelos torcedores com palavrões. "Vamo, Lei Rouanet" e "Vamo, Bolsonaro" foram algumas das frases disparadas. "Vem, vem. Você ajudou o Brasil pra caral**. Vamo lá. Vai lá. Valeu, Lei Rouanet. Obrigado, filho da pu**", finalizaram.
Nos 50 segundos da gravação, Gilberto Gil e Flora Gil não respondem aos insultos. Inclusive, o cantor chegou a ser abordado por outro torcedor para tirar uma foto. Após a repercussão do vídeo, Gilberto apareceu nas redes sociais para agradecer as mensagens de apoio que recebeu desde então e chamou o ocorrido de "3º turno". "São os inconformados querendo manter essa coisa do ódio, da agressividade", disse. "Amanhã estaremos torcendo pela seleção brasileira e por um Brasil sem ódio", afirmou.
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