Grupo Globo altera política de cobertura em massacres; entenda a decisão

A lamentável sequência de massacres em escolas e creches - tal como a acontecida na manhã desta quarta-feira (5), quando um homem de 25 anos invadiu uma creche e matou quatro crianças, foi responsável por uma grande alteração para o Grupo Globo.

Anteriormente, os veículos do grupo de comunicação eram limitados a publicar nome e foto dos assassinos uma única vez. No entanto, a nova política de cobertura desse tipo de tragédia prevê que tais informações sobre os autores jamais sejam publicadas.

A medida serve para desistimular novos ataques, já que boa parte dos autores de massacres aspiram a visibilidade da cobertura dos casos.  De acordo com a posição oficial do Grupo Globo, a decisão está de acordo com as recomendações de especialistas, além de previnir a possibilidade do chamado "efeito contágio".

A decisão já está valendo e afeta todas as subsidiárias da Globo: televisão, rádio, internet, impressos e qualquer outro tipo de veículo de mídia pertencente ao maior grupo de mídia e comunicação do país.

O ATAQUE EM BLUMENAU

Uma creche de Blumenau (SC) foi alvo de uma ataque, na manhã desta quarta-feira (5). De acordo com informações iniciais da Polícia Militar, quatro crianças foram mortas após a invasão de um homem com uma machadinha.

O ataque aconteceu na creche particular Cantinho Bom Pastor, no bairro Velha. A PM informou que um homem de 25 anos invadiu a escola infantil com uma machadinha em mãos e atacou as crianças. Logo depois, ele se entregou às autoridades locais.

O delegado Ulisses Gabriel afirmou que entre os mortos há três meninos e uma menina, nascidos entre 2016 e 2018. 

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, se pronunciou sobre a tragédia. "É com enorme tristeza que recebo a lamentável notícia de que a creche particular Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau, foi invadida por um assassino que atacou crianças e funcionários. Infelizmente quatro não resistiram e morreram, além de três feridos", comunicou.