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Bem-estar e Saúde / DIVERSÃO E CUIDADOS

Carnaval e saúde: saiba como prevenir as principais doenças da época

Infectologista explica quais são as doenças mais comuns no pós-folia e o quais os cuidados necessários para evitá-las

Da redação Publicado em 12/02/2024, às 10h30

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Saiba como prevenir as principais doenças do Carnaval - Unsplash
Saiba como prevenir as principais doenças do Carnaval - Unsplash

O Carnaval é o período mais aguardado pelos brasileiros, com festas em todos os cantos do país. Mas mesmo em meio a tanta folia, os cuidados com a saúde não podem ficar de fora, como usar protetor solar, fazer uma boa hidratação, ter uma alimentação adequada e moderar no consumo de bebidas alcoólicas.

Michelle Zicker, infectologista do São Cristóvão Saúde, explica que o contexto da folia pode resultar na proliferação de doenças: “A aglomeração de pessoas, o calor, chuvas repentinas e contato com diferentes tipos de alimentos e bebidas, criam o ambiente perfeito para a disseminação de diversas doenças causadas por vírus e bactérias, que podem ser evitadas com alguns cuidados”, diz para AnaMaria Digital.

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Muitas vezes, a intoxicação alimentar é causada pelo consumo de alimentos armazenados ou higienizados incorretamente e a utilização de gelo com água não tratada para o preparo de bebidas. Por isso, é necessário seguir com uma alimentação saudável e proveniente de estabelecimentos confiáveis, consumir água potável ou engarrafada e com lacre fechado e lavar as mãos antes do manuseio de alimentos e bebidas.

Além disso, tome muito cuidado na seleção das refeições durante a folia, evitando alimentos crus ou mal cozidos.

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS

Por conta do contato muito próximo entre as pessoas, os vírus circulam com mais facilidade, ocasionando as infecções respiratórias, que vão desde um resfriado comum até a ainda presente Covid-19.

Segundo a especialista, as medidas para prevenir a transmissão dos vírus respiratórios são: cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar, higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou álcool em gel, e estar com a vacinação em dia.

MONONUCLEOSE OU 'A DOENÇA DO BEIJO'

O nome popular surgiu com a forma de transmissão da doença, que acontece principalmente pelo contato íntimo, através da saliva. Entretanto, gotículas de saliva soltas em conversas a uma distância pequena ou na tosse e espirros são suficientes para espalhar o vírus. A Mononucleose é uma doença viral aguda, cujos sintomas aparecem entre quatro e seis semanas após o contato com o vírus.

Os sintomas são facilmente confundidos com uma gripe, pois incluem dor na garganta, febre, fadiga e aumento dos gânglios do pescoço. Pode haver também aumento do baço e do fígado. As complicações são raras e a maioria das pessoas se cura em algumas semanas.

HERPES LABIAL

Doença também causada por um vírus e transmitida pelo beijo ou contato com a saliva da pessoa infectada, causando pequenas bolhas que vão crescendo, criando uma ferida e trazendo coceira e dor na boca e região peri oral.

O contato com o vírus pode acontecer ainda na infância e fatores como exposição solar e estresse fazem as lesões na boca reaparecerem várias vezes ao longo da vida. Quando há lesões visíveis do herpes, a transmissão é muito mais provável de ocorrer.

LEPTOSPIROSE

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida a partir da exposição à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. A penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. As inundações frequentes durante os períodos de chuva propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência dos casos.

Os primeiros sintomas da leptospirose são febre, dor muscular (principalmente na panturrilha), falta de apetite, náusea e vômitos. Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorrem manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença, com icterícia, insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar.

“Durante o Carnaval, procure utilizar calçados que protejam todo o pé, evite o contato com lama ou água de enchentes e proteja ferimentos com bandagem à prova de água”, enfatiza a infectologista.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)

Segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 60% dos brasileiros acima de 18 afirmam não usar preservativo em suas relações sexuais. Neste período, em que há uma combinação de bebidas alcoólicas com a euforia da folia, os riscos de HIV, Sífilis, gonorreia, Hepatite B, herpes genital e o HPV aumentam.

A única maneira de prevenir a transmissão dessas doenças é utilizando preservativo interno ou externo em todas as relações. “Para a prevenção do HIV, há ainda a PREP (Profilaxia Pré-exposição) e a PEP (pós exposição), com a utilização de antirretrovirais. Informe-se e, se bater dúvida, não deixe de fazer o teste!”, reforça Michelle;

DICA EXTRA

Diante do surto de casos de dengue, vale uma dica extra para curtir a folia sem medo: “Não se esqueça do repelente para se proteger da dengue!”, destaca.