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Bem-estar e Saúde / Comportamento

Gordofobia: entenda como a sociedade interfere na nossa relação com o corpo

Feito isso, busque amor-próprio e uma autoimagem mais positiva

Com Reportagem de Júlia Arbex Publicado em 18/11/2018, às 11h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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A opinião dos outros não a define! - Getty Images
A opinião dos outros não a define! - Getty Images

Jornalista e criadora do canal Alexandrismos no YouTube – com mais de 300 mil inscritos –, Alexandra Gurgel sofreu discriminação por ser gorda e foi prejudicada: viu ruir oportunidades na carreira e até o direito de ir e vir.

No livro Pare de Se Odiar, ela conta como aprendeu a se ver sem motivos para vergonha. Pescamos algumas de suas lições na obra da youtuber para que, caso você passe por algum problema semelhante, também saia em busca da autoaceitação!

O MACHISMO É A RAIZ DOS PROBLEMAS
A mulher estuda mais, ganha menos, trabalha mais, sofre violências, é sempre subjugada e questionada, e ainda tem que apresentar uma fachada comercial (ser bonita, magra, bem-vestida e maquiada). 

Além disso, devemos nos depilar, fazer a sobrancelha, nos arrumar para exaltar a beleza e também ficar em eterna vigilância quanto ao nosso corpo e nossa comunicação corporal: sentar com as pernas fechadas, cuidar do decote e não falar palavrões.

A PRESSÃO ESTÉTICA
A expectativa da perfeição física atinge os homens também, mas de forma mais leve. Exemplo: imagine um homem e uma mulher da mesma idade, sem acessórios, com roupas largas e sem maquiagem. 

Ele é careca e barrigudo; a mulher está com o cabelo preso e tem a barriga grande. Quem seria o presidente de uma empresa? A verdade: o rapaz nesse padrão pode, sim, ter um cargo de alto escalão. Já uma mulher nas mesmas condições nunca será vista socialmente como alguém que exerce uma função importante numa empresa.

O INSTAGRAM E AS MUSAS FITNESS
Segundo uma pesquisa das universidades australianas, passar 30 minutos por dia observando um perfil fitness já é suficiente para você se sentir mal consigo mesma, porque inconscientemente surge a comparação com a pessoa que está na imagem. 

E os danos vão além: quanto mais as mulheres observam esses conteúdos, mais odeiam o próprio corpo e mais valorizam a aparência, pensando em tudo o que podem fazer para atingir aquele padrão.

A OPINIÃO DOS OUTROS NÃO A DEFINE
Passamos boa parte do tempo pensando em como evitar que outras pessoas nos julguem, mas a verdade é que elas estão pensando a mesma coisa. Nos dias atuais, em que a gente não tem tempo para nada, as pessoas pensam apenas um breve segundo sobre nós. 

Repare só como você passa muito mais tempo pensando em você, nas suas angústias e problemas, do que nos outros. Isso significa que muitas vezes a sua insegurança de sair de casa devido ao que “os outros vão achar” é algo seu. 

Outra coisa que você precisa saber: não dá para agradar a todo mundo porque, acredite, alguém sempre poderá nos julgar, criticar e apontar.

TENHA ORGULHO DE QUEM VOCÊ É
Viver em conformismo significa continuar agindo, fazendo e pensando as mesmas coisas sabendo que isso lhe faz mal. É preferir continuar se odiando a lutar para amar o seu próprio corpo, você mesma, e enxergar a beleza além do padrão. 

Já se aceitar não é conformismo. É olhar para si mesma todos os dias e ver que você tem valores, capacidades e uma vida inteira pela frente. Fique firme e seja positiva!