Especialista desmistifica o transplante capilar e explica como a técnica tem ajudado muita gente a recuperar a autoestima
Karla Precioso Publicado em 20/08/2022, às 14h30
Você sabia que o transplante capilar é o terceiro procedimento mais procurado pelos homens? A informação é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e mostra que questões estéticas também estão no radar deles.
“O procedimento cirúrgico retira os folículos capilares de uma área mais abundante de fios e os reimplanta em outras afetadas”, explica Alex Matarazzo, da Matarazzo Transplante Capilar.
E várias celebridades aderiram ao transplante e exibem resultado natural e bonito, como o cantor Roberto Carlos e o ator Malvino Salvador, que revelou recentemente em suas redes sociais ter dado início à técnica cirúrgica.
Mas a tecnologia não se resume a eles. Mulheres também podem recorrer ao procedimento. Para esclarecer as principais dúvidas, o especialista destrincha o assunto sobre a melhor maneira de recuperar a cabeleira perdida.
Implante ou transplante capilar?
Implante é um termo utilizado para fios sintéticos, algo que é proibido de ser realizado, pois pode causar muita rejeição. Em contrapartida, o transplante é realizado com fios do indivíduo para o próprio indivíduo.
Quem é apto a fazer o transplante capilar?
Tanto homens como mulheres que apresentam calvície (alopécia androgenética) ou alguma cicatriz no couro cabeludo, sobrancelhas ou barba.
Também é preciso possuir uma área doadora suficiente para realizar o transplante (fonte para transplantar), e ter geralmente acima de 20 anos.
Homens fazem mais devido o problema acometer mais o sexo masculino. Em mulheres, os casos costumam ser raros.
Quais os prós e contras da cirurgia de transplante capilar?
Não há contras. O transplante capilar só tem vantagens. Com um pós-operatório de
cicatrização, em dez dias, a vida volta ao normal. Sem falar no benefício de se achar bonito com os cabelos de volta e resgatar a autoestima e a segurança.
Em que situação é recomendado o transplante capilar?
Quando há a necessidade aliada com a vontade de sanar o problema. A pessoa que é careca ou calva e se incomoda com isso é uma candidata ao procedimento.
Tem idade mínima para realizar o transplante?
Não tem idade mínima, mas, para fins estéticos, a realização deve ser em pessoa maior de idade. O procedimento é feito em menor de idade somente em caso de perda capilar devido a acidentes ou traumas, e sempre com a autorização dos pais.
E o momento ideal para procurar um especialista?
Quando a pessoa já percebe sinais de calvície e quando tem uma herança compatível que indique que irá ficar calva. Quanto antes houver essa procura, melhor, pois aí a necessidade de restaurações será menor. O correto é procurar um médico já ao primeiro sinal de calvície.
Existem riscos no procedimento?
Se ele for feito em local incorreto, sem estrutura, por um médico e equipe sem treinamentos e sem a supervisão de um anestesista, podem ocorrer riscos.
Como deve ser a manutenção do tratamento?
O paciente tem vida normal, com cabelo normal e poderá pintar os fios, usar secador, o xampu que desejar…
O transplante dura pra sempre?
Sim, os cabelos do transplante capilar são definitivos, pois não tem genética para calvície.
Qual o especialista responsável pelo transplante?
Médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos que tenham treinamento para realizar a técnica.
Nem todos os candidatos são elegíveis para um transplante capilar devido a patologias associadas que possam interferir no resultado do procedimento.
São eles: mulheres com padrão generalizado de queda de cabelo, isto é, perda em todo o couro cabeludo; alopecia areata grave (peladas do couro cabeludo); indivíduos com poucas zonas de cabelo “doador”; pessoas com grandes cicatrizes no couro cabeludo e doentes cuja perda de cabelo é provocada por alguma medicação ou outro tipo de tratamento (quimioterapia, por exemplo).
Quem tem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, podem ser submetidos ao procedimento. Contudo, deve existir sempre uma avaliação médica prévia.
