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O que é metástase no cérebro, problema que causou a morte de Glória Maria?

Neurocirurgiã faz alerta e explica um pouco mais sobre problema, que causou a morte de Glória Maria

Da Redação Publicado em 09/02/2023, às 08h00

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Divulgação/TV Globo
Divulgação/TV Globo

A jornalista Glória Mariamorreu há uma semana, em decorrência de um quadro de câncer de pulmão que resultou em uma metástase no cérebro. Mas o que é isso? Segundo a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel, em Blumenau (SC), a metástase ocorre quando as células cancerosas se espalham pelo corpo do paciente e formam novos tumores.

Ela explica que a principal característica do câncer do pulmão é o desenvolvimento de metástases, ou seja, quando o câncer se espalha e evolui no organismo, já que os pulmões são órgãos ricamente vascularizados tanto pela circulação sanguínea como pela linfática. “Isso favorece que as células cancerígenas migrem para outras partes do corpo. E o cérebro é um órgão extremamente comum para a metástase de câncer de pulmão."

MAS, AFINAL, O QUE É METÁSTASE CEREBRAL?

Um tumor é um crescimento celular anormal em qualquer parte do corpo. “O que vai determinar se é ou não um câncer é a maneira como essas células se multiplicam. Quando há uma replicação desorganizada e com risco de atingir tecidos e órgãos vizinhos, esse tumor é maligno, ou seja, câncer”, ressalta a neurocirurgiã. “Quando células se separam do tumor principal e entram no sistema circulatório ou nos vasos linfáticos, chamamos de metástase. Isso ocorre quando as células se desprendem e migram para outros órgãos”. 

Pesquisas revelam que, na maior parte dos casos de metástase, quando a célula cancerosa se desprende do tumor original, ela morre no meio do caminho, sem causar maiores problemas ao paciente. Já as que sobrevivem, se estabilizam em outras áreas do organismo e começam a se multiplicar, causando a metástase. 

Conforme Danielle, os órgão mais comuns para metástase são pulmões, fígado, osso e cérebro. “Em relação a sintomas, a metástase no cérebro pode ser assintomática ou desencadear sintomas como dores de cabeça, perda de força nos membros, crises epilépticas, perda de visão, déficit neurológico, entre outros”, alerta.

No caso da Gloria Maria, a condição foi descoberta após um desmaio, que pode ter sido causado por um aumento da pressão intracraniana. "Ela é responsável por reduzir ou cortar momentaneamente a perfusão de sangue no cérebro, causando síncopes, ou seja, desmaio ou perda temporária e súbita de consciência”, comenta a neurocirurgiã. 

A médica ressalta que, em relação à prevenção, o estilo de vida conta muito nessas horas. “Boa saúde mental, alimentação balanceada e regular, exercício físico diário e evitar alto consumo de bebidas alcoólicas e fumar, são essenciais para evitar a probabilidade de metástase”, conclui.