AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Descendente de reis? Entenda sua árvore genealógica com a ajuda da web

Internet pode te ajudar a encontrar parentes que você nem imaginava por meio da árvore genealógica

*Juliano Schimiguel, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 09/03/2022, às 09h32

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Desenhar a árvore genealógica tem suas vantagens. - Unsplash
Desenhar a árvore genealógica tem suas vantagens. - Unsplash

Você sabe o que é uma árvore genealógica? Trata-se de um desenho, que pode ser feito a mão livre, representando nossa estrutura familiar. Nele, podemos colocar nossas relações com irmãos, pais, esposas, maridos, avós, bisavós, tios, primos, netos, sobrinhos, genros, noras, entre outros.

Ela é representada por uma árvore por ter uma estrutura parecida, com um tronco ou raiz (que geralmente seria o mais velho da família, como um bisavô ou bisavó, por exemplo). Depois, vem os galhos e folhas (que seriam os descendentes, como os avós, pais, irmãos e filhos).

Essa árvore genealógica costuma ser desenhada a mão livre, usando um caderno ou sulfite. E venhamos e convenhamos: são poucos os que se interessam pelo assunto. Geralmente, quem gosta são aqueles que se interessam por história, evolução e, principalmente, querem saber suas origens.

É claro que desenhar a árvore genealógica em papel tem suas vantagens, como a praticidade. Você pode ir inserindo as informações enquanto toma um café com sua avó ou avô, ou numa roda de conversa com a família num domingo a tarde, após um jogo de truco.

Contudo, vale lembrar que sua folha de papel pode se perder, molhar ou se desgastar com o passar do tempo. Além disso, é difícil inserir novas informações em um papel, principalmente se você tiver que colocar os dados no meio de outros, já colocados anteriormente.

VIVA A TECNOLOGIA

Sabia que hoje existem aplicativos (apps), softwares e websites para criar nossa árvore genealógica? No entanto, precisamos tomar um certo cuidado. Gostaria de colocar aqui a minha experiência particular, onde no passado usei o App chamado “Quick Family Tree” para criar a árvore.

O aplicativo até é bom, pois permite criar a árvore com certa facilidade, mas ela só fica salva localmente no celular do próprio usuário (e não na nuvem, por exemplo). Quando precisei mudar de aparelho, não foi possível recuperar a árvore que tinha criado anteriormente. Ele também possuía poucas funcionalidades e recursos.

Após isso, fui dar uma pesquisada e posso destacar também outros aplicativos existentes na Loja Play Store do Google: Árvore do FamilySearch, MyHeritage: Árvore de Família, Family Gem, Criador de Árvore Genealógica, Árvore Genealógica My Heritage, Recordações do FamilySearch, Family Tree Creator – meWho? Lite, Genealogical Tree, EZ Genealogy, Ancestry, Árvore Genealógica 3D, entre outros.

Além disso, gostaria de comentar sobre um site chamado FamilySearch. Trata-se de uma organização internacional sem fins lucrativos que oferece ferramentas gratuitas para ajudar o usuário a descobrir sua genealogia. O escritório matriz do FamilySearh fica localizado na cidade de Lehi, Utah, nos Estados Unidos. No Brasil, existe um suporte através do telefone 0800-891-6465.

Para criar sua árvore genealógica no FamilySearch, o usuário precisa definir um usuário, com login e senha, que pode ser feito facilmente na página de registro. O FamilySearch possui várias ferramentas. Gostaríamos de destacar o menu “Árvore Familiar”, no item “Árvore”, onde você pode criar sua árvore, visualiza, aumentar ou diminuir de tamanho, entre outros recursos.

Ao inserir um novo membro na família, é necessário colocar algumas informações: nomes, sobrenomes, sexo, situação (falecido(a) ou vivo(a)), data de nascimento, local de nascimento, data de falecimento, local de falecimento, entre outras. Mas não fique preocupado se não tiver todas essas informações em mãos. Com nome, sobrenome, sexo e situação em mãos, já é possível adicioná-lo. As outras informações podem ser inseridas depois.

Também é possível clicar na opção “Pessoa”, para acessar suas próprias informações pessoais. Existe uma ferramenta para procurar laços de parentesco. Pode-se ainda pesquisar registros, imagens, genealogias, entre outros. Os registros podem ser procurados, por exemplo, por sobrenome. O interessante é que o sistema traz a imagem dos livros de registros de cartórios civis, quando ainda eram escritos à mão. É possível também pesquisar recordações, através de uma galeria de fotos de parentes falecidos e vivos.

Uma característica interessante do sistema é que, uma vez criada sua árvore genealógica, ela automaticamente realiza buscas por possíveis laços de parentesco, que são apresentados ao usuário em uma tela logo após o login no FamilySearch. Se o usuário concordar com tal parentesco, novas informações são inseridas em sua árvore, e a mesma vai crescendo e aumentando.

É aí que você, muitas vezes, identifica laços que nunca havia imaginado, tanto dentro quanto fora do Brasil, desde as épocas da colonização. Vai que você tem parentesco com algum antigo Rei de Portugal ou Espanha, e não sabe ainda?

A GRANDE FAMÍLIA

rei
Crédito: William B/Unsplash

Há alguns meses, por exemplo, o FamilySearch identificou meus bisavós por parte de mãe. Imediatamente fiz as análises, e percebi tratar-se de informação correta e coerente. Assim, realizei a junção das árvores. Para minha surpresa, a nova ramificação da árvore era gigantesca, com parentes dos anos 1800 e 1700.

Identifiquei antepassados portugueses e parentes desde o Brasil-Império. Foi possível identificar alguns Reis de Portugal antigos em minha árvore (sim, talvez eu tenha um pouco de sangue azul, bem pouco, mas tenho. Talvez todos tenhamos, inclusive, por conta da forte imigração no Brasil).

Também consegui identificar Bandeirantes em minha árvore, da época em que as terras paulistas foram desbravadas. Outra curiosidade foi achar pessoas importantes da Grécia antiga, que inclusive foram homenageadas com estátuas. O nível de desmembramento da árvore é tão grande, mas tão grande, que foi possível chegar nos anos 700 e 800. Provavelmente esse desdobramento em minha árvore tenha sido inserido por europeus.

E você? Ficou animado de saber mais sobre seus antepassados? Veja as minhas redes aqui na assinatura e me conta o que descobriu! Até o próximo artigo!

*JULIANO SCHIMIGUEL é Pesquisador, Orientador de Pós-Doutorado, Doutorado e Mestrado, Professor Universitário (Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo/SP, Centro Universitário Anchieta – Jundiaí/SP) e escreve sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), além de seu impacto na sociedade e no ensino e aprendizagem. Para encontrá-lo, basta acessar seu LinkedIn, seu Instagram, seu canal no Youtube ou mandar um e-mail: schimiguel@gmail.com