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Dinheiro / SAÚDE FINANCEIRA

Como fazer o controle de gastos pessoais?

O salário mínimo aumentou, mas o seu salário ainda acaba antes do fim do mês? Especialista dá dicas para equilibrar contas e destaca práticas que preservam o orçamento mensal no longo prazo

Veja como fazer o controle de gastos pessoais - Unsplash
Veja como fazer o controle de gastos pessoais - Unsplash

O salário mínimo teve um reajuste aprovado pelo Congresso Nacional no final de 2023 e está em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2024. Trata-se de um aumento de 6,97%, superando a correção de 2023 e a inflação acumulada do ano. Ainda assim, organizar a vida financeira não é uma tarefa fácil. Afinal, como fazer o controle de gastos pessoais?

Dados do Observatório Brasileiro das Desigualdades revelam que, no Brasil, aproximadamente 7,5 milhões de pessoas ainda encaram o desafio de viver com uma renda mensal inferior a R$ 150.

Dentro dessa realidade, o aumento do salário mínimo exige uma abordagem financeira consciente para manter o controle de gastos pessoais, como justifica Ana Paula Oliveira, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal online.

“O aumento do salário mínimo é uma notícia positiva, mas as pessoas devem estar conscientes da importância de gerir suas finanças de maneira equilibrada, mesmo com esse valor a mais no bolso. O verdadeiro desafio está em aprender a direcionar os recursos de forma eficaz, priorizando gastos essenciais, eliminando supérfluos e construindo reservas”, afirma à AnaMaria.

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Para equilibrar as contas no início do ano e evitar ficar no vermelho, é essencial adotar uma abordagem financeira consciente. Isso inclui listar todas as fontes de renda, categorizar despesas em fixas (aluguel, contas de serviços públicos) e variáveis (entretenimento, refeições fora de casa), definir limites para cada categoria, priorizar gastos essenciais e eliminar supérfluos, além de constituir reservas financeiras.

"Essas medidas ajudam a visualizar as entradas e saídas de maneira sistemática, facilitando entender para onde vai o dinheiro e que hábitos exigem um pouco mais de atenção. Vale também negociar dívidas e contratos para obter melhores condições de pagamento", diz.

A seguir, Ana Paula dá algumas orientações valiosas para promover o controle de gastos pessoais.

COMECE ELABORANDO O ORÇAMENTO

Para começar o controle de gastos pessoais, o ideal é elaborar um orçamento. Ou seja, liste todas as fontes de renda. Depois, categorize suas despesas em fixas e variáveis. Em seguida, defina limites para cada categoria, priorizando despesas essenciais.

"A partir disso, é possível identificar áreas onde é possível economizar, priorizar o que é essencial e estabelecer objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo", explica Ana.

E não precisa esperar o mês acabar para começar o controle de gastos pessoais. Esse planejamento financeiro pode e deve começar o mais cedo possível, sobretudo no início do ano.

"Este é um momento propício para revisar e ajustar o orçamento, aproveitando eventuais aumentos salariais ou mudanças nas despesas. No entanto, é importante revisar e ajustar o planejamento regularmente, conforme as circunstâncias e necessidades financeiras mudam", destaca a especialista.

DESPESAS PRIORITÁRIAS X GASTOS NÃO ESSENCIAIS

No seu controle de gastos pessoais, é fundamental identificar as despesas prioritárias e essenciais, como as necessidades básicas de moradia, alimentação e serviços. Ou seja, é preciso garantir o pagamento dessas contas antes de considerar gastos não essenciais.

"Para o restante, reflita e defina seus objetivos financeiros e considere fazer uma reserva", orienta Ana Paula.

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TEM DÍVIDAS? NEGOCIE

O controle de gastos pessoais também inclui renegociar contratos e dívidas. Isso proporcionará melhores condições de pagamento, como parcelas mais acessíveis e prazos maiores. Esses acordos podem desafogar o orçamento mensal e evitar novas dívidas.

"Explore suas opções. Além das tradicionais negociações com credores, considere explorar serviços de crédito pessoal online, que permitem consolidar todas as dívidas em um único empréstimo. Dessa forma, é possível centralizar as negociações e facilitar a obtenção de acordos mais acessíveis", diz a especialista.

O QUE FAZER COM O CARTÃO DE CRÉDITO?

Se você tem um cartão de crédito, use com cautela e responsabilidade. Evite acumular dívidas que possam comprometer o orçamento. A dica é pagar o valor total da fatura dentro do prazo de vencimento para evitar juros elevados. Além disso, é importante controlar os gastos e evitar o uso excessivo do cartão.

FAÇA UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA

Se você já sabe quais são suas prioridades, então pode destinar uma quantia da renda para a sua reserva de emergência, o dinheiro que você usará quando surgir algum imprevisto.

“Mesmo que seja pouco, o que vale é a consistência. Criar o hábito de poupar todo mês pode salvar a família de imprevistos, e nesse momento ficará clara sua importância na hora de evitar novos endividamentos”, afirma Ana.

Ela explica que dá para começar a reserva de emergência aplicando de 5% a 10% em investimentos de baixo risco. "Escolha um investimento que ofereça fácil acesso ao dinheiro quando necessário e que também mantenha a segurança do valor investido. Um exemplo é o Tesouro Direto, que oferece títulos de investimento a partir de R$30,00."

Se isso parecer muito desafiador, dá para começar com um valor menor e aumentar gradualmente conforme sua situação financeira permitir.

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USE FERRAMENTAS AO SEU FAVOR

Se você precisar de mais ajuda, use os aplicativos de controle financeiro ao seu favor para acompanhar despesas em tempo real. Eles são ferramentas que auxiliam para ter uma visão geral das contas e entender melhor o controle de gastos pessoais, permitindo um planejamento mais consciente. Uma alternativa são as planilhas para registrar e analisar gastos mensais.

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