Entenda como definir corretamente o preço dos produtos faz diferença
Da Redação Publicado em 27/07/2019, às 18h00 - Atualizado em 18/08/2019, às 10h56
"Vendo salgadinhos que faço em casa. Porém, os preços da matéria-prima subiram. O que faço para não repassar esse valor para meus clientes?” J. R., por e-mail
Definir o preço é uma tarefa trabalhosa, porém tão importante quanto ter um bom produto.
Se o valor for determinado de forma incorreta, pode haver queda nas vendas, no caso de um preço elevado demais, ou faturamento menor do que o necessário para manter a produção, se o preço for muito baixo.
O preço deve ser um equilíbrio entre custo, margem de lucro e estudo do mercado. Ou seja, ele deve cobrir os custos, estar alinhado com os concorrentes e ainda gerar lucratividade.
Caso os itens fiquem desequilibrados, é necessário fazer ajustes. No seu caso, como
houve aumento do custo de produção, uma alternativa para manter o preço inalterado é diminuir a margem de lucro.
Outra dica é repassar o valor para os clientes, aumentando o preço. Porém, ainda há ideias que você pode levar em conta para reduzir os custos, sem alterar o lucro ou preço final: busque matérias-primas mais baratas, troque marcas, pesquise novos fornecedores que ofereçam descontos...
Investir na compra de uma máquina para a fabricação dos salgados também é uma boa opção. Com ela, os insumos provavelmente serão mais bem aproveitados e sua produtividade aumentará, já que esse recurso produz mais produtos em menos tempo.
A ‘folga’ pode ser usada na divulgação e prospecção de novos clientes. As redes sociais abrem portas nesse sentido e são um bom caminho para incrementar as vendas e divulgar o trabalho.
Por fim, faça um estudo de quais são os salgados mais vantajosos para produzir. Se um determinado salgado tem uma demanda elevada, você pode produzi-lo em larga escala.
Com isso, você aumenta a produtividade e ainda paga menos pela compra em atacado dos ingredientes.
MARCELA KAWAUTI aprendeu economia na graduação da Universidade de São Paulo e no mestrado da Fundação Getúlio Vargas, além de ter mais de dez anos de experiência. É economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.
