AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria
Dinheiro / Dinheiro

Será que vale a pena tentar renegociar a dívida?

Independentemente de conseguir um acordo para se livrar da dívida, é fundamental planejamento e disciplina

Da Redação Publicado em 01/06/2019, às 15h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Muitos bancos e financeiras possuem canais, via internet ou telefone, para facilitar a negociação - Banco de Imagem/Getty Images
Muitos bancos e financeiras possuem canais, via internet ou telefone, para facilitar a negociação - Banco de Imagem/Getty Images

“Tentei negociar o pagamento com o credor e não consegui. O que faço?” G. F., por e-mail

O credor não é obrigado a renegociar a dívida. Porém, muitas vezes, as empresas fazem acordos por preferirem receber um valor inferior ao previsto do que nenhuma quantia, especialmente quando o consumidor não tem condições de arcar com a pendência. 

Então, vale tentar um acordo razoável para as partes. Muitos bancos e financeiras possuem canais, via internet ou telefone, para facilitar a negociação. Agora, independentemente de conseguir uma combinação para se livrar da dívida, é fundamental planejamento e disciplina. 

O primeiro envolve colocar todos os ganhos e despesas no papel, analisar os compromissos assumidos e cortar os gastos não essenciais. Nessa hora, preste atenção às tarifas de serviços não utilizados, como pacotes de TV a cabo ou internet. 

Além disso, fique de olho nos gastos invisíveis: aquelas pequenas despesas que, quando somadas, podem representar uma parcela importante da saída de dinheiro. Também é importante pensar no futuro, portanto, coloque na planilha os gastos previstos para os próximos meses. 

Isso ajudará a prever o que vem pela frente e se preparar para isso. Por fim, a disciplina será essencial para você se ater ao planejamento feito e manter o foco. Agora, se mesmo com tudo isso as contas não fecharem, pergunte se o seu padrão de vida condiz com o seu rendimento. 

Ao concluir que não, um corte em despesas mais simples, como tarifas e gastos invisíveis, não será suficiente. Você precisará, talvez, mudar o tamanho ou a localização da sua casa, ou mesmo vender um bem, como o carro. 

Esses direcionamentos implicam em sacrifícios desagradáveis e o exercício não é fácil. Mas lembre-se: só fazendo os ajustes corretos você será capaz de reequilibrar suas contas e evitar cair nessa situação novamente.

MARCELA KAWAUTI aprendeu economia na graduação da Universidade de São Paulo e no mestrado da Fundação Getúlio Vargas, além de ter mais de dez anos de experiência. É economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.