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Lucy Alves celebra representatividade nordestina em ‘Travessia’: ‘’Mundo tá mudando’’

Protagonista na próxima novela das 21h, Lucy Alves disse estar feliz em interpretar um personagem maranhense

Lucy Alves vive Brisa na trama de 'Travessia'. - TV Globo
Lucy Alves vive Brisa na trama de 'Travessia'. - TV Globo

Lucy Alves vai estrear como protagonista na nova novela das 21h, ‘Travessia’, de Gloria Perez, que estreia na noite desta segunda-feira (10). Ela viverá Brisa, uma mulher maranhense que será vítima das chamadas deep fake. Paraibana, a artista contou na festa de lançamento do folhetim, na semana passada, que ficou feliz em poder interpretar mais um papel nordestino. No entanto, ela não nega que ainda exista xenofobia. 

“As pessoas olham estranho, sorrindo na tua frente, mas nas costas falam alguma piada”, disse. Apesar do preconceito, Lucy afirmou que já viu melhoras significativas na sociedade sobre o assunto. “Que bom que isso está mudando, pois no Brasil, antigamente, as pessoas tinham que perder o sotaque para gravar novelas, por exemplo”, comemorou. 

A representatividade é motivo de tanta felicidade que a atriz aproveitou para citar o sucesso da paraibana Isadora Cruzcomo Candoca, em ‘Mar do Sertão’. “A paraibana tá com tudo aí”, elogiou, antes de ressaltar: “Foi uma luta, mas estamos  vivendo um momento muito bom, de muito destaque nordestino”, comemorou. 

BOAS MUDANÇAS

Drica Moraes, que viverá Núbia na nova trama de Gloria Perez, também comentou a importância da representatividade na faixa das 21h.”Todo brasileiro tem um pouco de preto, um pouco de índio, um pouco de português e essa é a nossa verdade em Travessia”, disse. 

Além disso, a atriz reconheceu as mudanças no audiovisual da emissora. “Há muito tempo o nordeste foi visto de uma maneira estereotipada, e a gente tem agora vários produtos trazendo o nordeste com vários vieses, ‘Cine Holliúdy’, ‘Mar do Sertão’ e a nossa novela que traz o Maranhão… A Globo está trazendo personagens e atores locais e isso é um movimento muito interessante.”

Lucy, por sua vez, destacou o fato das tramas explorarem outros lugares do país. “O sotaque da gente é a nossa identidade. O mundo tá mudando, não tem mais volta, graças a Deus. O Brasil está descobrindo que a gente não tá centrado no eixo RJ- SP”, disse.