Lu Alckmin relembra perda do filho em 2015, e acredita que ele concordaria com as escolhas políticas do pai
Da Redação Publicado em 01/11/2022, às 12h59
Lu Alckmin, esposa do novo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, relembrou, emotiva, do falecimento do filho caçula, Thomaz. A morte aconteceu em um acidente de helicóptero em Carapicuíba, em 2015, quando o rapaz tinha 31 anos.
Em entrevista ao Universa, do portal UOL, Lu descreveu o último encontro com o filho, como descobriu de sua morte, e ainda revelou como se sente com relação ao resultado das eleições.
"A última vez que vi meu filho mais novo foi no dia 1º de abril de 2015, uma quarta-feira. Ele morreria no dia seguinte. Eu estava em um evento, mas, em vez de ir para a minha casa, fui para a dele. Quando cheguei, ele estava só”, começou ela, relembrando os acontecimentos do dia anterior ao acidente.
“Minha nora tinha ido levar a Julinha, minha neta, com pouco mais de um mês de vida, ao pediatra. E de lá iria jantar na casa da mãe dela. Quase fui embora, mas o Thomaz pediu para eu ficar um pouquinho. Conversamos, ele mostrou os três vasos de plantas que tinha acabado de comprar. Hoje, mantenho todos eles aqui no terraço da minha casa, com ráfias", contou.
Então, Lu viajou para Campos de Jordão e recebeu uma ligação para voltar para São Paulo. Neste momento, o filho dela já tinha falecido. "Fui de Campos do Jordão até São Paulo rezando. Lembro que estava uma noite linda e tinha só uma estrela no céu. Aí eu olhava e falava: "Thomaz, é você que está aí?". Fui rezando e pedindo a Deus para que eu soubesse superar essa perda, mesmo que ninguém ainda tivesse me dito que ele tinha falecido. Mas eu sabia. Acho que a mãe sempre sabe”.
“Na hora em que eu cheguei, o Geraldo estava esperando na garagem. A Sophia e o Geraldo Neto [os outros dois filhos do vice eleito] ficaram no andar de cima da casa, porque eles não tinham coragem de me enfrentar. Os três pensaram que eu fosse morrer. Mas fui eu que dei força a eles", declarou.
Por fim, Lu Alckmin falou como convive com a saudade do filho. "Quando me lembro de alguma coisa do dia da morte, já mudo. Falo: "Thomaz, você está aí juntinho de Deus, vou fazer as coisas que eu tenho que fazer". Temos que ter o domínio sobre nós mesmos. Eu sou assim. Eu tenho vivido e tenho sido feliz, apesar de tudo", declarou. Ela ainda contou que tem uma ótima convivência com as netas que são filhas de Thomaz, Isabela, de 18 anos, e Julia, de 7 anos.
Na publicação em que Lu divulgou a entrevista, ela comentou o resultado das eleições, e disse acreditar que Thomaz concordaria com o rumo da carreira política do pai, ante ao Brasil atual.
“Hoje, acho que o Thomaz compreenderia muitíssimo bem nossa posição política, a decisão de termos nos unido ao PT. Num tempo em que estávamos vendo famílias passando fome, sem saúde, educação e abandonadas, vejo essa união como a união da esperança por um Brasil melhor. A pandemia, com a falta de políticas públicas, nos trouxe a este momento.”, começou ela.
“E, com certeza absoluta, o Thomaz está feliz com essa união, porque nós temos esse pensamento de fazer mudança”. Lu ainda completou o post com a legenda: “A mudança. Pelo Thomaz. Pelas nossas famílias. Pelo Brasil”.
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