Saiba quais as causas da displasia mamária e seu tratamento
Da Redação Publicado em 29/12/2019, às 14h30
A displasia mamária, também chamada de alteração fibrocística benigna, é um problema ainda pouco conhecido e que envolve uma série de alterações da mama que levam à fibrose (espécie de cicatriz interna) e a formação de cistos. É sabido que se trata de uma alteração mais comum no início ou no final da vida menstrual da mulher.
Muitas pacientes têm dúvidas se a displasia mamária pode acabar virando um câncer. Esclarecendo, então, a questão: fique tranquila, pois isso não acontece. O câncer de mama apresenta um nódulo endurecido, irregular, não doloroso. Por meio de exames e mamografia é possível ver uma massa sólida e microcalcificações.
A causa da displasia também ainda é desconhecida e os sintomas mais comuns estão relacionados à dor na mama, principalmente próximo ao período da menstruação, áreas da mama mais endurecidas, aglomerados císticos, fluxo que sai pela papila, especialmente quando se aperta a auréola e o mamilo, podendo ser amarelado, esverdeado, marrom, preto e, eventualmente, azulado.
Percebe-se ainda o endurecimento na parte da mama próxima à axila. Também pode ser detectada uma área de maior densidade, porém que não chega a formar um nódulo. Ainda não há um tratamento totalmente eficaz.
O que se aconselha para tentar evitar o problema é a retirada de algumas substâncias da alimentação, como cafeína e xantina (encontrada no vinho tinto e chocolate), além de evitar o tabagismo.
Algumas medicações fitoterápicas e polivitamínicos podem ser usados para amenizar os sintomas, mas a melhora de fato vai vir apenas com a menopausa, quando a mama passa por um processo de atrofia por causa da ausência de hormônios sexuais femininos.
Consequentemente, a doença vai se estabilizando e regredindo. Não se desespere, no entanto, fique atenta a qualquer um desses sinais mencionados acima. E busque ajuda médica para tratar.
ALEXANDRE PUPO é ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologista e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírio-Libanês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasouen.com.br
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