Há 112 anos, navio naufragou no Oceano Atlântico - Imagem│Francis Godolphin Osbourne Stuart
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112 anos do naufrágio: 4 curiosidades sobre o RMS Titanic

Navio naufragou no Oceano Atlântico em 15 de abril de 1912; veja curiosidades sobre o RMS Titanic

Jéssica Batista Publicado em 15/04/2024, às 13h00

Na madrugada de 15 de abril de 1912 um evento trágico marcou para sempre a história da navegação. Você certamente já ouviu falar sobre o RMS Titanic, o icônico navio que “nem Deus afundaria” — frase que supostamente foi dita pelo engenheiro naval responsável pela construção do Titanic. A embarcação, em sua época, representava o máximo da tecnologia náutica. 

“Para a engenharia, o Titanic ficou famoso por ser o primeiro navio em que houve a aplicação de um conceito de projeto que visava a compartimentar o navio, dividindo-o em vários compartimentos, sendo que cada um seria estanque, ou seja, se a água inundasse um compartimento, seria incapaz de inundar o seguinte”, explicou à BBC Brasil o engenheiro naval Alexandre de Pinho Alho, professor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A tragédia completa 112 anos nesta segunda-feira (15), e ainda hoje causa fascínio. Isso se deve à magnitude do acontecimento e, em parte, por responsabilidade de James Cameron. O diretor de cinema deu à luz ao filme estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. O longa foi sucesso de bilheteria e crítica, e tornou o Titanic um símbolo da cultura pop.   

AnaMaria reuniu uma lista de curiosidades sobre a história do Titanic. Confira a seguir!  

ÚLTIMA CANÇÃO

Alguns passageiros que sobreviveram ao naufrágio da RMS Titanic afirmaram que, durante o acidente, a banda que embalou os glamourosos jantares no Titanic continuou a executar com sensibilidade os últimos acordes musicais de suas vidas. 

Contudo, devido ao pânico geral durante a trágica madrugada de 15 de abril de 1912, há divergências sobre qual foi a última melodia tocada no navio. Enquanto alguns sobreviventes dizem que os músicos entoavam a música ‘Nearer, My God, to Thee’, um hino tradicionalmente protestante do século XIX escrito por Sarah Flower Adams, outros afirmam que, na verdade, ‘Autumn’ foi a trilha sonora do naufrágio. 

‘Nearer, My God, to Thee” foi, inclusive, a escolha de James Cameron para compor a trilha do filme de 1997. 

 

CARDÁPIO: ÚLTIMO ALMOÇO NO TITANIC

O navio RMS Titanic não apenas contava com o que havia de melhor em tecnologia náutica, mas com infraestrutura luxuosa. No total, 892 tripulantes faziam parte da equipe que trabalhava no navio. O Titanic também possuía um restaurante independente à la Carte, sob comando do italiano Luigi Gatti.

O livro 'Last Dinner On the Titanic: Menus and Recipes from the Great Liner' reúne receitas adaptadas aos dias modernos e descreve como seria o cardápio a bordo do RMS Titanic, conforme as receitas populares na época.

No final da manhã de 14 de abril, foi servido o último almoço do Titanic. A extravagante refeição foi composta por uma sequência de pratos, que começou por consommé fermièrea — que é um caldo clarificado de frango e legumes — e uma sopa de alho-poró típica escocesa. Os pratos principais foram filé de peixe ao molho, carne bovina e vegetais. Para sobremesa, pastel folhado de maçã com merengue e pudim de baunilha.

Os passageiros também podiam se servir no bufê, com opções que incluíam camarões em conserva, arenque em conserva, gelatina de frango, músculo e língua de boi enlatada. Além disso, o cardápio disponibilizava uma variedade de oito tipos diferentes de queijo, servidos para finalizar o almoço.

O menu do último almoço a bordo foi salvo por Abraham Lincoln Salomon, um dos passageiros que escaparam da tragédia. O encarte foi leiloado em 2015 por 88 mil dólares.

OS ÓRFÃOS DO TITANIC

Dois pequenos sobreviventes do navio entraram para história do naufrágio. Michel Jr., que tinha 2 anos e Edmond Navratil, 4, foram as únicas crianças que sobreviveram ao desastre sem a presença de um pai ou tutor como acompanhante. 

Os pequenos foram levados à embarcação pelo pai, Michel Navratil, um alfaiate e imigrante eslovaco. Com o casamento em crise, o pai dos órfãos do Titanic decidiu fugir para os Estados Unidos, levando com ele os meninos, sem que a mãe das crianças soubesse. 

Na fatídica noite, ao perceber que o navio afundaria, Michel pediu para que seu filho mais novo procurasse pela mãe. Apesar da pouca idade, Michel Jr lembra das palavras do pai: “Meu filho, quando você encontrar sua mãe, e tenho certeza que encontrará, diga a ela que eu a amava muito e ainda a amo. Diga a ela que eu queria que ela viesse conosco, para que pudéssemos todos viver felizes juntos na paz e liberdade do Novo Mundo”, disse antes do naufrágio. 

O pai dos pequenos não sobreviveu, e os meninos foram resgatados. Michel Jr e Edmond foram morar com outra sobrevivente do navio, Margaret Hays, até serem encontrados pela mãe, Marcelle Caretto, que os reconheceu em uma fotografia no jornal. 

Margaret Brown

Margaret Brown, conhecida carinhosamente como “Molly” Brown, foi uma figura proeminente nos círculos sociais, filantrópicos e ativistas dos Estados Unidos. Molly veio de uma família humilde. Aos 18 anos ela se mudou para o estado do Colorado, onde conheceu James Joseph Brown, seu futuro marido. Eles fizeram fortuna quando Joseph descobriu uma mina de ouro.

Sua fama alcançou o ápice devido ao trágico naufrágio do RMS Titanic em 1912. Em meio ao caos e desespero, Margaret coordenou esforços no resgate de passageiros e ofereceu apoio aos sobreviventes. Sua bravura e compaixão durante e após o desastre lhe renderam o apelido de “A Inafundável Molly Brown”. 

Além de sua notoriedade ligada ao Titanic, Margaret era uma fervorosa defensora dos direitos das mulheres, das crianças e dos trabalhadores. Ao longo de sua vida, dedicou-se incansavelmente a diversas causas sociais, deixando um legado de coragem e humanidade. Por sua importância, Molly foi retratada no filme de James Cameron.

Reprodução│Paramount Pictures

 

EXTRA: UM BRASILEIRO NO TITANIC? 

José Joaquim de Brito nasceu, na verdade, em Algarve, Portugal. José era um dos 4 portugueses a bordo que iriam tentar a vida em outros países. O passageiro embarcou na segunda classe do Titanic em Southampton, na Inglaterra, onde trabalhava como vendedor.  

Chegando em Nova York, o português deveria trocar de barco para chegar ao seu destino, São Paulo, onde estava sua família. Joaquim Brito não sobreviveu ao trágico naufrágio. 

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Oceano Atlântico James Cameron RMS Titanic Margaret Brown

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