Você e a garotada: De onde vem o bullying... - Shutterstock

Você e a garotada: De onde vem o bullying...

A vítima teme o (a) agressor (a) por ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência

Dra. Deborah Moss Publicado em 05/12/2017, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

"Estou desconfiada de que meu filho pratica bullying na escola. O que fazer? Não quero expô-lo com a direção.”

R. R., por e-mail

Alguma atitude precisa ser tomada frente à desconfiança. A primeira medida é falar diretamente com o seu filho, entender o que está acontecendo e ouvir o que ele tem a dizer a respeito. Se a criança negar e mesmo assim você continuar desconfiada, investigue mais a fundo
até ter certeza dos fatos, quaisquer que sejam esses. Se perceber que é bullying mesmo, antes de envolver a escola, procure resolver a situação com o seu filho. Pode ser necessário falar com a vítima e com os pais dela. Isso é o mais urgente no momento. O seu receio não deve ser em relação à exposição da criança ou adolescente com a direção da escola (isso é o menos importante), mas com as consequências muito mais sérias no aluno que pode estar sofrendo o bullying. E também podem recair no seu filho caso o problema seja constatado pela escola, ocasionando inclusive a expulsão. Quanto antes você intervir, maiores as chances de resolver um problema que pode estar apenas começando. Se souber que é fato, também é preciso investigar os motivos que levaram a criança a praticar o ato. Geralmente, os agressores são pessoas que têm pouca empatia, pertencem a famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros é escasso ou precário. Muitas vezes, vivenciam um intenso sofrimento psíquico e não encontram outra forma de extravasar. Por isso, acabam descontando no outro as suas angústias e frustrações. Ajudá-lo é de fundamental importância para que a raiz do conflito seja resolvida.

O alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, inseguros, que não pedem ajuda. A vítima teme o (a) agressor (a) por ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying se divide em duas categorias: 

a) bullying direto, comum entre homens 

b) bullying indireto, que implica no isolamento da vítima, mais comum entre mulheres e crianças

Dra. Deborah Moss Neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.

Envie suas perguntas para dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br

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