Você e a garotada: E quando nasce um pai? - Shutterstock

Você e a garotada: E quando nasce um pai?

Muitos homens se sentem meros coadjuvantes, sem um papel ainda muito definido

Dra. Deborah Moss Publicado em 10/08/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

"Tenho um filho de 4 meses e estou assustada com meu marido. Ele parece andar com ciúme do nosso bebê...” 

M. O., por e-mail


Uma frase bem famosa é: “Quando nasce o bebê, nasce uma mãe”. E o pai? A gravidez, o parto e o pós-parto ajudam a mulher a compreender e a se adaptar à nova condição de mãe. Entretanto, muitos homens se sentem meros coadjuvantes, sem um papel ainda muito definido. Eles até podem ter ajudado a cortar o cordão umbilical na sala de parto, mas percebem que a relação de simbiose entre mãe e filho ainda vai se estender por mais algum tempo.
Muitos homens, talvez por serem inseguros ou imaturos, sentem-se deixados de lado e querem a ‘antiga’ mulher de volta, quase como que competindo a atenção com o bebê. Nesse contexto, aparece o sentimento de rejeição, o ciúme, as cobranças... Ao mesmo tempo, temos uma mãe vivendo um turbilhão de emoções, com o cansaço natural desta fase e muitas preocupações envolvendo o bebê. Então, o risco de brigas e conflitos entre o casal é enorme!
Por mais assustada que esteja, entenda que ele também pode estar sofrendo. Por isso, procure incluí-lo nos cuidados com o bebê. Seu marido talvez esteja não só com ciúme do filho, mas também do que você está vivendo com ele. Avalie em que medida você está permitindo a entrada dele nesta nova relação. Promova um diálogo franco, em que ambos estejam dispostos a ouvir e a falar, sem julgamentos. Procurem entender o ponto de vista de cada um. Neste momento de tantas mudanças com a chegada de um filho, ninguém está plenamente certo ou errado. Dê um tempo e espaço para que o pai do seu bebê também possa nascer!



A ideia de que um filho salva casamento é errada. É justamente o contrário: a chegada do bebê é a prova de fogo no relacionamento, pois muitas adaptações serão exigidas.


 
A depressão pós-parto também é coisa de homem. Um em cada dez pais apresenta os sinais, que são: isolamento, insônia, ansiedade, alterações de apetite, exaustão e diminuição da libido...



Dra. Deborah Moss neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do
desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.


Envie suas perguntas para Dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br
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