Com ausência de Bolsonaro, Lula recebe faixa presidencial das mãos do “povo brasileiro”

Com a escolha de Jair Bolsonaro de se ausentar da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, o atual presidente recebeu a faixa presidencial diretamente das mãos do “povo brasileiro”, num ato simbólico.

A recusa de Bolsonaro em passar a faixa para seu sucessor, como normalmente é feito, deu a chance para Lula fazer uma cerimônia representativa e inclusiva para os diversos povos presentes no país.

Representando uma população diversa como a brasileira, Lula recebeu a faixa uma criança negra, mulheres, pessoas com deficiência, um indígena, um metalúrgico, tal qual como foi o atual presidente, e representantes do movimento “Lula Livre”, que protestaram contra a prisão do petista.

Visivelmente emocionado, Lula caiu no choro algumas vezes durante a cerimônia e foi ovacionado pela multidão que o acompanhava. Os cidadãos presentes no ato acompanharam Lula desde a subida da rampa, até a passagem da faixa e ida ao parlatório para seu segundo discurso já como 39º presidente da República.

O DISCURSO

O discurso de Lula começou com o presidente classificando o dia como “um dos mais felizes de sua vida”. Um simples “boa tarde, povo brasileiro” foi recebido com gritos e aplausos dos presentes no local.

“Quero começar fazendo uma saudação especial a cada um e a cada uma de vocês. Uma forma de lembrar e retribuir o carinho e a força que recebia todos os dias do povo brasileiro, representado pela vigília ‘Lula Livre’, em um dos momentos mais difíceis da minha vida”, disse.

VITÓRIA DA DEMOCRACIA

O petista relembrou as eleições disputadas e vencidas contra Jair Bolsonaro e agradeceu a “consciência política da sociedade brasileira” por sua vitória. Além disso, Lula afirmou que a democracia foi a grande vitoriosa na disputa.

“Se estamos aqui é graças à consciência política da sociedade brasileira e à frente democrática que formamos. Foi a democracia a grande vitoriosa, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu; as mais violentas ameaças à liberdade do voto”, disse.