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Veja dicas práticas para lidar com a prisão de ventre e "libertar" seu intestino

Mudança do nosso padrão alimentar pode ter causado muitos estragos em nosso intestino

Veja dicas práticas para lidar com a prisão de ventre e "libertar" seu intestino. - Giorgio Trovato/Unsplash
Veja dicas práticas para lidar com a prisão de ventre e "libertar" seu intestino. - Giorgio Trovato/Unsplash

Sabia que o intestino é chamado hoje de nosso "segundo cérebro"? Isso porque existem inúmeros neurônios, além de outros tipos de comunicação entre os dois. Aliás, este é um dos órgãos mais estudados ultimamente, porque os especialistas perceberam sua relação com o início de algumas doenças, inclusive as autoimunes.

"Observamos também mais queixas e sintomas com seu funcionamento, provavelmente pela mudança do padrão alimentar do ser humano moderno, onde os alimentos industrializados ocuparam seu espaço, em detrimento da comida de verdade", me conta a nutricionista Marília Ninot, que gravou uma conversa em vídeo super legal sobre o assunto.

Segundo ela, outro aspecto da vida moderna que também impacta na saúde intestinal é o sedentarismo. "As pessoas estão se ocupando mais com o trabalho, quase 100% deles sentados, e sem
tempo para cozinhar. Dessa maneira, o intestino sofre com a falta de fibras, líquidos e motilidade" conta. E um dos problemas que pode surgir, justamente, é a CONSTIPAÇÃO INTESTINAL .

COMO ACONTECE O INTESTINO PRESO?

Segundo Marília, o intestino preso se caracteriza por:

  • Defecações difíceis ou infrequentes;
  • Fezes duras (em formato de bolinhas);
  • Sentimento de que o reto não está totalmente vazio após a defecação (evacuação incompleta);
  • Menos de 2-3 evacuações por semana há mais de 3 meses (constipação crônica).

Outros sintomas podem surgir, tais como: abdômen distendido e inchado, sangue nas fezes e cólicas. "Quando já em estado mais avançado, o médico pode entrar com medicamentos e enemas", explica a nutricionista.

As complicações da constipação intestinal incluem hemorroidas, prolapso retal (protusão do reto pelo anus), fissura anal e doença diverticular (o aumento de pressão nas paredes do intestino dá origem a formação de bolsas, que podem inflamar, conhecida como diverticulite).

As causas mais frequentes da constipação intestinal são:

  • Dieta (pode em líquidos e fibras);
  • Medicamentos;
  • SII (Síndrome do Intestino Irritável);
  • Abuso de uso de laxantes;
  • Falta de atividade física;
  • Algumas doenças, como hipotireoidismo, Parkinson e diabetes, entre outras.

Estudos mostram também piora da constipação intestinal em casos de mal manejo do estresses. Segundo a nutri, as pessoas precisam ingerir fibras suficientes em suas dietas (geralmente de 15 a 20 gramas por dia) para garantir a produção adequada do bolo fecal.

Legumes e verduras, leguminosas (feijões, lentilha, grão-de-bico), alimentos integrais, frutas e farelo de trigo são excelentes fontes de fibra. Entretanto, esses alimentos devem estar diariamente no cardápio e não somente 2-3 x/ na semana, frutas duas ou três vezes ao dia.

"Para que isso tenha resultado, a ingestão de fibra deve ser acompanhada de bastante líquido", ressalta a nutricionista. "A falta de fibra (a parte dos alimentos que não se digere) na dieta pode provocar constipação intestinal, já que a fibra ajuda a manter a água nas fezes e a aumentar o seu volume,
facilitando o trânsito", conta ela.

O uso de alimentos industrializados, pobres em fibras e ricos em aditivos e farinhas refinadas podem agravar bastante a constipação intestinal. "Ter o hábito de defecar sempre no mesmo horário todos os dias, preferencialmente de 15 a 45 minutos depois do café da manhã, pode ajudar", orienta.

Resumindo: para prevenção da constipação, combinar atividade física regular, dieta rica em fibra e consumo adequado de líquidos e somente usar laxantes com indicação médica.