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Esposa de Cristiano Ronaldo revela que já sofreu três abortos espontâneos; entenda as causas

Especialista fala sobre causas do aborto de repetição, possíveis tratamentos e quando a fertilização in vitro é necessária

Companheira de Cristiano Ronaldo, Georgina Rodríguez passou por três abortos espontâneos. - Reprodução/Instagram
Companheira de Cristiano Ronaldo, Georgina Rodríguez passou por três abortos espontâneos. - Reprodução/Instagram

Na segunda temporada de seu programa da Netflix, que estreia no dia 24 de março, Georgina Rodríguez revelou ter sofrido três abortos espontâneos antes da perda devastadora de seu filho recém-nascido, Angel. Apenas sua irmã gêmea, a pequena Bella Esmeralda, sobreviveu ao parto.

A companheira de Cristiano Ronaldo, atualmente com 29 anos, fez a confissão comovente durante o primeiro episódio do reality show ‘I am Georgina’. Ela faz parte de 1% da população que sofre com o chamado aborto espontâneo de repetição, definido quando uma mulher tem, ao menos, três gestações interrompidas, consecutivamente, antes das 20-22 semanas.

Segundo o ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), são quatro as principais causas do problema. A primeira é a ovopatia – uma má formação do óvulo –, em que o embrião é alterado geneticamente. Isto se dá geralmente por uma idade mais avançada da mulher, normalmente a partir dos 38 anos.

A segunda são as doenças imunológicas que fazem com que o embrião seja visto como um corpo estranho ao sistema imunológico, que acaba "atacando" ele. Outra causa importante, conforme o especialista, são alterações uterinas, como endometrite e sinequia, decorrente, sobretudo, de traumas e intervenções cirúrgicas no órgão. E, por fim, a trombofilia, que é quando a paciente produz microcoágulos que entopem a circulação dentro do útero.

INVESTIGAÇÃO E TRATAMENTO

Para identificar a causa, Caldeira aponta a necessidade da mulher procurar a ajuda de um especialista. “Antigamente, os médicos esperavam a paciente ter três abortos de repetição. Hoje, depois do primeiro, dependendo da idade da paciente, já investigamos e pesquisamos se há trombofilia, pedindo ainda uma histeroscopia para verificar se existem má-formações dentro da cavidade uterina ou ainda presença de endometrite.”

O tratamento dependerá do diagnóstico. “Se a causa for imunológica, tem que tratar com anti-inflamatório e corticoide, depende do que for. Se for trombofilia, com anticoagulante”, explica o médico. Já se a paciente for mais velha, Caldeira orienta fazer fertilização in vitro com estudo genético do embrião, justamente para ter certeza que ele é geneticamente saudável e diminuir o risco de um novo aborto.