Vontade incontrolável de comer algo, mesmo sem estar com fome? Pode ser comer emocional
*Dra. Thais Mussi, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 06/04/2023, às 11h27
Você já sentiu uma vontade incontrolável de comer algo, mesmo sem estar com fome? Esse é um dos sintomas do comer emocional, um hábito que pode trazer prejuízos à saúde e à autoestima da pessoa. Contudo, nem sempre é fácil distinguir a verdadeira fome do comer emocional. Neste texto, vou te ajudar a entender essa diferença e como lidar com ela.
Primeiro de tudo, é importante lembrar que a fome é uma necessidade biológica do corpo, que busca por nutrientes e energia. Ela se manifesta por meio de sintomas físicos, como a sensação de vazio no estômago, a falta de energia e a dificuldade de concentração.
Já o comer emocional é, como o próprio nome sugere, motivado por emoções, como a tristeza, a ansiedade, o estresse e a solidão. Para identificar se você está sentindo fome ou apenas comendo emocionalmente, é preciso prestar atenção aos sinais do seu corpo.
Quando você sente fome, a sensação de saciedade é alcançada após cerca de 20 minutos após começar a comer, e não é necessário comer em excesso. Já o comer emocional é geralmente acompanhado por uma sensação de culpa, além da vontade - e disposição - de comer até se sentir desconfortável.
Outra forma de distinguir a fome emocional da verdadeira fome é observar o que você está desejando comer. Quando estamos com fome, nossa exigência diminui e acabamos optando pelo que é mais conveniente para ingerir, podendo ser desde frutas e legumes a, até mesmo, um sanduíche.
No caso do comer emocional, isso muda. Então, ele é caracterizado pelo desejo, às vezes exclusivo, de alimentos calóricos e pouco nutritivos, como doces, salgadinhos e refrigerantes. Se você identificar que está comendo emocionalmente, é importante buscar outras formas de lidar com as suas emoções.
Você pode buscar ajuda especializada, assim como praticar atividades físicas, meditação, terapia ou conversar com um amigo/ familiar de confiança. Além disso, é importante identificar os gatilhos emocionais que desencadeiam o comer emocional, evitando-os ao máximo.
*DRA. THAIS MUSSI (CRM 118942-SP e 27542-PR- RQE 373) é endocrinologista e metabologista pela SBEM, além de especialista em Nutrologia pela ABRAN Medicina do estilo vida – CBMEV. Instagram: @drathaismussi; Podcast: Não leve a mal, é hormonal.
