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Pedras nos Rins: nefrologia esclarece 5 mitos sobre o problema

Aproximadamente 12% dos homens e 6% das mulheres terão cálculo renal

Da Redação Publicado em 30/03/2023, às 08h00

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Pedra nos rins: é importante estar bem-informado para evitar equívocos e saber como prevenir ou tratar. - Unsplash
Pedra nos rins: é importante estar bem-informado para evitar equívocos e saber como prevenir ou tratar. - Unsplash

Cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são extremamente comuns e podem afetar até 1 em cada 10 adultos. Esses cálculos podem ser pequenos e passar despercebidos ou grandes o suficiente para causar dor e desconforto intensos, a chamada crise renal.

Justamente por serem tão frequentes e afetarem quase 10% da população, existem muitos mitos sobre este assunto, e é importante estar bem-informado para evitar equívocos e saber como prevenir ou tratar esta condição.

AnaMaria Digital conversou com a médica nefrologista Tamara Cunha, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), especialista em prevenção de cálculos renais, para esclarecer os mitos mais comuns sobre o assunto.

MITO 1-Pedras nos rins são causadas pelo consumo excessivo de cálcio

Embora a maioria dos cálculos renais sejam formações cálcicas (um composto chamado oxalato de cálcio), é um mito que o consumo de cálcio aumenta o risco de formação. “Na verdade, hoje sabemos que o cálcio proveniente da alimentação é um potencial aliado no tratamento dos cálculos de oxalato de cálcio e que estratégias de restrição da ingestão de cálcio podem piorar tanto as formações quanto a saúde dos nossos ossos", explica a médica.

MITO 2-Beber muita água pode desfazer as pedras nos rins

A hidratação é um dos pilares básicos no processo de prevenção de cálculos renais. No entanto, beber água em excesso não é benéfico para desfazer ou diluir cálculo renal. É importante tomar quantidades suficientes de líquidos para manter a urina diluída, sendo que esta quantidade é melhor ajustada conforme o peso de cada um.

Uma regra simples, que ajuda os adultos, é calcular a ingestão de líquidos necessária por dia multiplicando 30mL para cada kg de peso. Por esta regra, um indivíduo adulto, sem outros problemas de saúde que indiquem limitar a quantidade de líquidos, devem ingerir 2100mL de líquidos ao longo do dia (30x70=2100mL).

MITO 3-Apenas pessoas com histórico familiar de pedras nos rins precisam se preocupar

Embora uma predisposição genética possa aumentar o risco de formação de cálculos renais, qualquer pessoa pode desenvolver pedras nos rins. Hoje, sabe-se que a maioria das pessoas que desenvolve cálculos renais apresenta tanto fatores genéticos quanto ambientais – sendo os principais o sedentarismo e uma dieta desequilibrada.

MITO 4- Pedras nos rins só causam dor nas costas

Embora a dor nas costas seja um sintoma comum de pedras nos rins, outras manifestações incluem dor ao urinar, micção frequente ou urgente, náusea e vômito, dor abdominal, sangue na urina e febre. Dependendo do tamanho e localização do cálculo, os sintomas podem variar.

MITO 5 -É seguro tomar chá de quebra pedra durante a crise renal

Embora muitas pedras nos rins possam ser eliminadas naturalmente através da urina, algumas pedras podem ser grandes demais ou obstruir o trato urinário, sendo urgente a avaliação em ambiente hospitalar. Em alguns casos, pode ser necessário tratamento médico para eliminar os cálculos renais, seja por medicamentos ou procedimentos urológicos.

Tamara Cunha explica que o consumo de chá de quebra pedra durante a crise não conseguirá dissolver o cálculo impactado, podendo fazer ainda com que o indivíduo atrase sua procura por assistência médica na expectativa de que o chá resolverá o problema. A médica ainda reforça que é importante estar informado sobre os fatores de risco, sintomas e opções de tratamento para prevenir ou tratar o cálculo renal de maneira adequada.

Além disso, é importante que todos saibam que cálculos renais são diferentes entre si e, portanto, os fatores que estão levando a formação de cálculos de uma pessoa podem ser completamente diferentes de outra. “Existem formas eficientes de prevenir este problema, mas somente uma avaliação individualizada pode ser capaz de estabelecer o tratamento específico e mais eficaz em cada situação", finaliza a Nefrologista.