Descubra os cuidados essenciais para bebês nascidos com prematuridade extrema e como o pré-natal pode ser crucial na prevenção de complicações
Os filhos da apresentadora Nadja Haddad, Antônio e José, precisaram ficar internados na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) neonatal da maternidade Pro-Matre Paulista, em São Paulo, após nascerem prematuramente na quinta-feira (25). Ela estava com apenas 24 semanas de gestação.
AnaMaria conversou com o médico Nelson Douglas Ejzenbaum, sobre o assunto. O especialista em pediatria neonatal, explica que a prematuridade extrema ocorre quando um bebê nasce antes das 28 semanas de gestação, enquanto a prematuridade moderada é entre 28 e 31 semanas.
A idade gestacional é tão crucial quanto o peso para os profissionais que lidam com recém-nascidos prematuros. Os termos como "extremamente prematuro", "prematuro precoce" ou "intermediário" são definidos pelas semanas de gestação, não pelo peso em quilogramas.
Ele destaca que os bebês prematuros extremos são de alto risco e necessitam de cuidados intensivos desde o momento do nascimento. Geralmente, eles precisam de suporte respiratório e proteção contra infecções, além de manter a temperatura corporal e monitorar a saúde do cérebro.
O cuidado com esses bebês começa ainda na sala de parto, onde são envolvidos em um saco para manter o calor e são encaminhados para a UTI neonatal.
Muitas vezes, eles precisam de intervenções como cateterização do umbigo para administrar medicamentos e até mesmo entubação para receber surfactante, uma substância que ajuda nos problemas respiratórios.
O médico ressalta que, embora a prematuridade seja mais comum em gestações de gêmeos, nem sempre resulta em prematuridade extrema. No entanto, é necessário um acompanhamento cuidadoso devido ao risco aumentado de complicações durante a internação.
A sobrevivência dos bebês prematuros está diretamente ligada ao pré-natal e às condições do parto. Um acompanhamento médico adequado desde o início da gravidez pode detectar problemas e evitar complicações.
Por outro lado, a falta de acesso ao pré-natal aumenta o risco de prematuridade e complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. A qualidade da UTI neonatal, a presença de especialistas e a infraestrutura tecnológica também influenciam na taxa de sobrevivência.
O especialista destaca a responsabilidade das famílias em considerar esses aspectos ao escolher o local do parto, priorizando uma assistência adequada tanto para a mãe quanto para o bebê em caso de emergências.
Ele conclui ressaltando a importância de uma boa assistência médica durante todo o processo, desde o pré-natal até o cuidado pós-natal, enfatizando que as famílias devem estar conscientes dos riscos e preparadas para lidar com possíveis complicações, mesmo em gestações consideradas de baixo risco.
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O pré-natal desempenha um papel fundamental na detecção precoce de possíveis problemas durante a gravidez, especialmente em casos de gestações que podem resultar em bebês prematuros. Durante as consultas de pré-natal, os profissionais de saúde avaliam diversos aspectos.
Entre esses aspectos estão a saúde da mãe, o desenvolvimento do feto, a pressão arterial, os níveis de glicose e a presença de infecções. Essa avaliação regular permite a detecção precoce de problemas que possam levar a um parto prematuro, como a pré-eclâmpsia, diabetes gestacional ou infecções uterinas.
Também envolve o planejamento do parto, discutindo opções, cuidados neonatais e preparação para possíveis cenários, como parto prematuro. Isso permite que a equipe médica esteja preparada para lidar com situações específicas e reduz o tempo entre o diagnóstico de um problema e a intervenção.
Caso sejam identificados riscos durante o pré-natal, a gestante pode ser encaminhada para acompanhamento especializado ou tratamento adequado. Por exemplo, se for diagnosticada uma infecção, o tratamento precoce pode reduzir o risco de parto prematuro.
Em resumo, o pré-natal desempenha um papel essencial na detecção precoce de problemas que possam levar à prematuridade extrema, e seguir as orientações médicas e participar ativamente do processo são passos fundamentais para garantir uma gravidez saudável e um parto seguro.
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