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Psoríase: como identificar, quais os sintomas e tratamentos?

Manchas avermelhadas e descamativas podem ser sinais de alerta

Da Redação Publicado em 20/11/2021, às 15h00

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Psoríase é uma doença silenciosa e que vem carregada de preconceitos - Pixabay/Banco de Imagens
Psoríase é uma doença silenciosa e que vem carregada de preconceitos - Pixabay/Banco de Imagens

Repleta de preconceitos e desconhecida por grande parte da população, a psoríase não é uma doença contagiosa. Mesmo assim, quem possui a doença ainda é mal visto, principalmente quando esta se sobressai em locais como o rosto, braços e pernas.

Para quem não a conhece, ela é uma inflamação crônica metabólica que acomete pele e articulações, e que, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, afeta atualmente 1,5% dos brasileiros.

O problema é que tal enfermidade ainda carrega um estigma repleto de preconceitos. Segundo uma pesquisa do Datafolha realizada no final de 2020, mais de 90% da população não conhece a doença, enquanto apenas 6% conseguiram identificá-la corretamente quando foram apresentadas imagens das lesões provocadas por ela. A maioria das pessoas, ao ver os efeitos da pele acometidos por esta patologia, acreditaram que se tratava de algum tipo de alergia, câncer de pele, micose ou até hanseníase (a famosa lepra).

De acordo com o dermatologista Rafael Soares, “é fundamental lembrar que a psoríase não é uma doença contagiosa e que, apesar de não ter cura definitiva, existem muitos tratamentos capazes de melhorar a qualidade de vida do paciente e manter a doença sob controle ou remissão”. 

PRIMEIROS SINAIS

Os sintomas iniciais são manchas avermelhadas e descamativas localizadas na maior parte das vezes em couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Mas há casos em que a doença pode comprometer todo o corpo, inclusive palmas e plantas dos pés. O diagnóstico clínico é feito pelo dermatologista e, dependendo do caso, pode ser necessária a realização de biópsia. 

“Existem dois picos de incidência: na segunda e na quinta décadas de vida. Entre os fatores de risco para ter ou despertar a doença estão o histórico familiar, estresse, obesidade e tabagismo”, explica o especialista.

TRATAMENTOS

Por outro lado, caso a pessoa seja portadora da doença, ela pode contornar os seus efeitos e ter sua qualidade de vida preservada, reforça Soares: “A medicina hoje oferece uma série de tratamentos que permite melhorar até as lesões dos pacientes mais graves. Além disso, existem pomadas e cremes para o paciente que está com lesões afetando pequenas áreas da pele. Há situações também que até a fototerapia e medicamentos imunossupressores e imunobiológicos são indicados para aqueles de maior gravidade”.

Ainda assim, o dermatologista acredita que o desconhecimento ainda permite que sejam difundidas uma série de inverdades sobre a psoríase. As causas da doença podem estar relacionadas ao sistema imunológico, às interações com remédios e com o meio ambiente e à suscetibilidade genética.

“Isso infelizmente pode atrasar o diagnóstico e o tratamento da pessoa”, diz. “Hoje em dia, em minha clínica, sempre abordo o paciente de forma multidimensional: alimentação, mente, atividade física e tratamentos específicos”, completa.

A psoríase acomete atualmente entre 1% e 3% da população mundial, de acordo com Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Destes, 30% também apresentam, em algum momento de sua vida, dor e inflamação nas articulações, a chamada artrite psoriásica”, destaca o dermatologista.

Já os sintomas, ressalta Rafael, aparecem e desaparecem de forma periódica. “Mas o estresse, a ansiedade e a falta ou excesso de sol podem provocar o aumento e agravamento da doença”, finaliza.