AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Quais são as causas por trás do temido efeito sanfona? Fique de olho nos hormônios

Efeito sanfona pode ser combatido quando se cuida dos hormônios

*Dra. Thais Mussi, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 12/01/2023, às 09h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O efeito sanfona desequilibra hormônios importantes para o controle do comportamento alimentar. - Unsplash
O efeito sanfona desequilibra hormônios importantes para o controle do comportamento alimentar. - Unsplash

Emagrecer a todo custo, e de maneira rápida, pode ter um preço alto. Quando dietas restritivas ou muito radicais entram em ação, o corpo fica alerta e as reações são imediatas.

Sim, o objetivo vai ser atingido e o corpo vai emagrecer. No entanto, ao perder o peso, o organismo elimina também a massa magra (músculos), essencial para a saúde.

Se a dieta for inviável de se manter na rotina diária, ou não estiver em um princípio saudável e sustentável, o efeito sanfona é inevitável e a recuperação do peso perdido acontece logo após a pessoa abandonar a dieta.

O efeito sanfona desequilibra hormônios importantes para o controle do comportamento alimentar, como a insulina e a leptina. Tal desequilíbrio deixa o metabolismo mais lento e aumenta o apetite, o qual surge como uma compensação.

As razões do efeito sanfona são físicas e psicológicas. Ao perder peso de maneira rápida, o corpo interpreta uma situação de perigo (a escassez de alimento) e passa a estocar gordura, além disso, reduz o ritmo do metabolismo, o que, por sua vez, favorece o ganho de peso (de novo).

EU QUERO!

Após uma restrição alimentar, é comum vir à tona vontades incontroláveis de alimentos proibidos durante a dieta, de modo que as quantidades ingeridas ultrapassem os limites. Entra em ação aqui o aumento da grelina, o hormônio da fome e a queda da leptina, o hormônio da saciedade.

Longe de ser uma questão apenas de estética, o ciclo de perder e ganhar peso afeta a saúde física e mental das pessoas. Ao recuperar o peso perdido, podem surgir sentimentos de tristeza, ansiedade e sensação de incapacidade, além de sintomas depressivos. Com o sobrepeso, o indivíduo está sujeito ainda a diabetes, pressão alta, entre outras complicações. Sem falar na falta de disposição e vitalidade.

E AGORA?

Para combater o efeito sanfona, é importante adotar um estilo de vida e seguir os hábitos alimentares saudáveis, prática de exercício físico, além de acompanhamento profissional com médico, nutricionista, treinador e até psicólogo ou terapeuta.

O planejamento é essencial e a adequação de hábitos em longo prazo vai trazer resultados muito benéficos para a saúde. O sistema endócrino, junto com o Sistema Nervoso Central, é o responsável por coordenar as funções do nosso organismo. São as glândulas responsáveis pela produção dos hormônios vão ditar o ritmo do funcionamento do corpo.

Muito além da alimentação, estão as questões hormonais e emocionais. Aqui, o acompanhamento médico com um endocrinologista se faz necessário para o emagrecimento sustentável, evitando, desta forma e de uma vez por todas, o efeito sanfona.

*DRA. THAIS MUSSI (CRM 118942-SP e 27542-PR- RQE 373) é endocrinologista e metabologista pela SBEM, além de especialista em Nutrologia pela ABRAN Medicina do estilo vida – CBMEV. Instagram: @drathaismussi ; Podcast: Não leve a mal, é hormonal