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Reposição hormonal é aliada ou vilã? Especialista ressalta seus benefícios

Preconceito sobre a reposição hormonal vem muito pela falta de conhecimento

*Renata Rode, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 04/07/2023, às 10h00

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Reposição hormonal pode ser uma aliada na sua saúde. - Unsplash
Reposição hormonal pode ser uma aliada na sua saúde. - Unsplash

 "Aos 50 anos, fui procurar um médico por conta do cansaço que tinha, quando foi indicado realizar o tratamento de reposição de hormônios, vitaminas e minerais. Mudou minha vida, pois sou outra pessoa. Hoje tenho disposição e ânimo para fazer as coisas graças ao acompanhamento médico e indico para todos porque quando é feito de maneira correta, é seguro", conta a empresária Ana Alves, que comemora o resultado do tratamento. "Posso sentir na pele e tenho sentido diariamente a melhora da qualidade de vida em diversos aspectos, tanto físicos quanto emocionais e profissionais." Como é possível ver, foi-se o tempo em que a reposição hormonal era vista como vilã e não uma aliada para a saúde.

Claro que ainda há muito preconceito quando se fala do assunto, até porque um dos maiores mitos está erroneamente ligado ao aparecimento de câncer. A ciência, porém, vem provando que o tratamento - quando implantado com responsabilidade e por um especialista - é benéfico.

Conforme estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute, em julho do ano passado, o método não estaria associado à recorrência do tumor. “Outra pesquisa, feita pela Women's Health Initiative (WHI), alega que a reposição é benéfica para o corpo e mente dos pacientes. Entre eles, melhora na memória, diminuição no risco de osteoporose, diminuição da possibilidade depressão, revitalização do sono e muitos outros”, explica o médico integrativo Enrique Lora.

Segundo o especialista, a reposição hormonal para quem conhece e já fez o uso, é uma das melhores formas para encontrar o equilíbrio e buscar longevidade saudável. “Um exemplo clássico é a questão da própria Vitamina D. Na antiguidade, algumas pessoas que tinham certas doenças iam para os famosos solários para tratar, na esperança de tomar Sol e repor a Vitamina D, ou seja, a questão da reposição hormonal nos acompanha há muitos anos, é histórico”, relata Lora.

QUANDO DEVO ME PREOCUPAR?

“A partir dos 20 anos é bastante pertinente que mulheres que apresentem sintomas como cansaço, indisposição, problemas de concentração, raciocínio, problemas intestinais e problemas menstruais, façam acompanhamento da questão hormonal", explica o médico. Antes, porém, é preciso fazer uma análise caso a caso, que se inicia na entrevista no consultório médico e vai levar em conta todo histórico da paciente e sua rotina, não somente os resultados de exames propriamente ditos.

Geralmente, segundo o médico, o preconceito sobre a reposição hormonal vem, antes de mais nada, pela falta de conhecimento e, em segundo, pela grande influência farmacêutica em dizer que os hormônios têm sempre os seus riscos, uma vez que muitos tratamentos hormonais tiram a necessidade da utilização de medicamentos.

“A questão de preconceito é presente, mas afirmo que é preciso conhecer, estudar quais profissionais são referências neste quesito e avaliar os resultados benéficos que temos diariamente em consultório. Dependendo do tratamento, dependendo do próprio paciente e seus objetivos, o médico vai determinar se é interessante analisar mensalmente o paciente no primeiro momento e, depois, é comum espaçar mais a consulta. É bem pertinente que se faça uma análise a cada três meses para os principais e outros marcadores hormonais mais de longa data”, detalha.

O especialista ainda garante que é possível fazer um simulado dos benefícios do método em casa. "Experimente analisar como seu corpo reage a uma dieta de 15 dias sem glúten e derivados de leite. Essa mudança já traz um benefício enorme para o organismo e acaba promovendo um reequilíbrio hormonal quase que natural por meio da boa alimentação", diz.

Ainda, é preciso olhar com atenção a questão do sono. "Fazer a higienização do sono, tentar dormir por volta de oito horas, tirar os eletrônicos da frente, realmente preparar o organismo para que se tenha uma noite de sono restauradora, faz com que o próprio organismo tenha outra melhora hormonal natural e perceptível, em curto espaço de implantação, ou seja, vendo resultados logo, você tem motivação para continuar e faz do hábito, uma rotina”, ensina o médico.