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Bem-estar e Saúde / Anote aí!

Sinusite: o que fazer na hora em que a crise ataca? Veja nossas dicas

Sintomas de uma crise de sinusite podem ser confundidos com outros problemas respiratórios

*Dra. Maura Neves, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 26/07/2022, às 08h00

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Sinusite: o que fazer na hora em que a crise ataca? Veja nossas dicas. - Diana Polekhina/Unplash
Sinusite: o que fazer na hora em que a crise ataca? Veja nossas dicas. - Diana Polekhina/Unplash

Olá! Esta semana falo um pouco sobre a sinusite, doença muito frequente e que atinge milhões de pessoas em todo mundo. Os sintomas são bastante incômodos, podem ser confundidos com outros problemas respiratórios e muitas vezes pioram a qualidade de vida.

Mas afinal, o que é sinusite?

É definida como uma inflamação da mucosa (revestimento) do nariz e das cavidades paranasais, e por isso, atualmente, é chamada de rinossinusite.  A classificação mais utilizada é baseada no tempo dos sintomas. É chamada de rinossinusite aguda quando os sintomas duram menos de 12 semanas e crônica quando duram mais de 12 semanas.

O que causa a sinusite?

As causas da rinossinusite aguda e crônica podem ser distintas. As sinusites agudas, com duração menor de quatro meses, têm como causa principal as infecções virais, como gripes ou resfriados. Estima-se que adultos sofram de dois a cinco resfriados por ano e crianças em idade escolar podem sofrer sete a dez episódios. Em outras palavras, sinusite viral é muito frequente no nosso dia a dia.

As bactérias também podem causar rinossinusite. Em cerca de 0,5 a 2% dos casos de rinossinusite viral, o inchaço na mucosa causado pelo vírus pode facilitar uma infecção por bactérias.

E os sintomas?

Para saber se você está com uma sinusite você deve ter obrigatoriamente:

Nariz entupido: pode ser obstrução total ou uma congestão facial
Catarro: deve haver secreção nasal anterior (que é sai pela frente do nariz) ou posterior (que engolimos ou escorre pelo fundo do nariz para garganta)
Redução do olfato: Pode ocorrer dor ou pressão na face. Assim, a dor de cabeça pode ou não ocorrer.

Aqui aproveito para ressaltar que nem toda dor de cabeça é sinusite! Para ser uma sinusite, a dor de cabeça deve obrigatoriamente ser acompanhada de sintomas nasais. Nas crianças, além dos sintomas nasais citados acima, observa-se tosse com muita frequência.

Mas tem que usar antibiótico, certo?

Errado! Como a maioria dos casos de sinusite são de causa viral, o antibiótico não muda a resolução dos sintomas.

Antibiótico é importante para tratar infecção por bactérias. Quando falamos em rinossinusites, existem algumas dicas nos sintomas que indicam necessidade de antibiótico. São elas:

  • Sintomas de sinusite aguda por mais de 10 dias sem sinal de melhora;
  • Início com sintomas graves como febre alta (≥ 39 oC), secreção nasal purulenta ou dor facial com duração de pelo menos 3-4 dias consecutivos no início da doença;
  • Recaída: quando já havia uma melhora nos sintomas e eles voltam a piorar, ou aparecem outros sintomas como febre, dor de cabeça, ou secreção nasal amarelada após um período de 5 a 6 dias, tempo de duração típico das gripes e resfriados.
  • Dor facial localizada ou secreção nasal apenas em um lado da face. 

Para tratar as rinossinusites medidas como lavagem nasal com solução salina, analgésicos comuns, descongestionantes nasais e anti-inflamatórios ajudam na melhora dos sintomas.

E pode ser alérgica?

Rinite alérgica que não é tratada adequadamente pode facilitar episódios de doenças virais e, assim, rinossinusites. Além disso, uma rinite exacerbada tem sintomas muito semelhantes à da sinusite. Sintomas como obstrução nasal, coriza e espirros são comuns a ambos o que torna difícil diferencia-las.

Moral da história para as sinusites!

Diferenciar a causa da sinusite muitas vezes é difícil, pedindo uma observação dos sintomas por alguns dias para determinar se há necessidade de antibiótico. A maioria das sinusites não necessitam de antibióticos para o tratamento.

*DRA. MAURA NEVESé formada na Medicina pela Faculdade de Medicina da USP. Residência em Otorrinolaringologia pelo HC- FMUSP. Fellow em Cirurgia Endoscópica pelo HC- FMUSP. Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP. Médica Assistente do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo -SP. Aqui na Revista AnaMaria, trará quinzenalmente um conteúdo novo sobre a saúde do ouvido, nariz e garganta. Instagram: @dra.mauraneves