Especialista explica motivos por trás do aumento expressivo da procura por procedimentos faciais; confira
A busca pela juventude eterna parece ser uma pressão constante em nossa sociedade contemporânea, refletida no aumento significativo da procura por procedimentos estéticos e cirurgias plásticas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética (SBOE), os procedimentos na face cresceram 300% nos últimos 5 anos. Essa busca incansável pela perfeição física não passou despercebida por Flávia Alessandra, que ressaltou a importância de envelhecer de maneira natural e saudável.
"De fato, essa cobrança pela juventude eterna é muito chata. Vejo amigas que sofrem com comentários na internet. Amores, envelhecer faz parte do processo. Minha preocupação é passar por esse processo da melhor forma possível. Cheia de disposição e feliz, que é o que mais importa", disse a atriz em entrevista para a revista Mensch.
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Em uma sociedade cada vez mais obcecada pela aparência, surge a necessidade de refletir sobre os motivos por trás desse aumento da procura por cirurgias plásticas e o papel do médico em orientar seus pacientes sobre os limites entre a estética e a saúde. Pensando nisso, AnaMaria conversou com a otorrinolaringologista Ellen Sodré, especialista em Rinoplastia e Cirurgia Plástica da Face e membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face.
De acordo com a especialista, o que motiva as pessoas cada vez mais a procurarem procedimentos, principalmente para rejuvenescimento, é a possibilidade de melhorar algumas alterações faciais que vão ocorrendo com o envelhecimento e às vezes algumas características mesmo genéticas que podem transmitir uma sensação de cansaço e que vai se acentuando ao longo do envelhecimento.
“Esses procedimentos de rejuvenescimento acabam trazendo uma melhora dessa aparência, uma aparência mais descansada, mais jovem, melhorando a autoestima da pessoa também. Então, acredito que a forma como a pessoa se vê no espelho seja o que mais motiva tanto mulheres quanto homens a procurarem esses procedimentos de rejuvenescimento”, explica Ellen.
A imposição de padrões de beleza, há muito tempo conhecida, ganhou uma nova dimensão com as redes sociais. O constante acesso a fotos, muitas vezes editadas e filtradas, distorce a realidade, levando as pessoas a acreditarem que aquela imagem seja autêntica.
Essa exposição incessante cria uma pressão adicional sobre a autoimagem, levando a uma busca por procedimentos cirúrgicos para se adequar aos padrões idealizados nas redes sociais. Tal fenômeno tem contribuído significativamente para o aumento das cirurgias estéticas, com foco especial nas intervenções faciais, que estão em constante exposição nesses ambientes digitais.
Com o aumento da procura por procedimentos estéticos, surge a questão do papel dos médicos na orientação dos pacientes. Ellen Sodré, então, destaca a importância de avaliar cuidadosamente as motivações dos pacientes, especialmente quando se trata de intervenções faciais. Muitas vezes, as pessoas são influenciadas por padrões de beleza irreais propagados nas redes sociais, os quais as levam a buscar correções que podem não ser necessárias em sua vida cotidiana.
Nesse contexto, o médico deve desempenhar um papel educativo, ajudando os pacientes a entenderem os reais benefícios e riscos de uma cirurgia plástica, além de orientá-los sobre alternativas menos invasivas que possam atender às suas expectativas estéticas de forma mais adequada.
"Como médica, é crucial ouvir atentamente a queixa do paciente e avaliar sua natureza, seja ela puramente estética ou relacionada a questões funcionais. Isso envolve investigar se a queixa estética está afetando a autoestima ou a interação social do paciente, bem como se existem problemas funcionais subjacentes, como dificuldades respiratórias em cirurgias nasais ou obstrução visual em cirurgias de pálpebras devido ao excesso de pele", avalia a especialista.
A partir dessa avaliação abrangente, Ellen relata que é possível discutir com o paciente as opções de tratamento, alinhando expectativas e priorizando a função sempre que possível, mas também considerando aspectos estéticos quando apropriado. Além disso, ela aponta que é essencial garantir que o paciente esteja em boas condições de saúde física e mental para se submeter à cirurgia, avaliando seus fatores de saúde geral antes de prosseguir com qualquer intervenção.
Existem várias opções de procedimentos não cirúrgicos que podem colaborar significativamente para o rejuvenescimento facial e a melhoria da aparência da pele. De acordo com a médica, um dos tratamentos mais conhecidos é a aplicação de toxina botulínica, que promove a paralisação temporária da musculatura facial, reduzindo assim o aparecimento de rugas e linhas de expressão ao longo do tempo.
Outra alternativa apontada por Ellen é a aplicação de ácido hialurônico em pontos estratégicos da face para melhorar a sustentação e a proporção de certas estruturas, como o queixo e a mandíbula. Além disso, o ácido hialurônico também pode ser utilizado para aumentar a hidratação da pele, proporcionando um aspecto mais jovem e viçoso.
Peelings químicos e tratamentos a laser também são opções populares para melhorar a qualidade da pele, estimulando a produção de colágeno e melhorando sua espessura e textura ao longo do tempo. Esses procedimentos podem ser combinados de forma personalizada por um profissional capacitado, que irá determinar o melhor momento e a sequência ideal para cada um deles, resultando em um envelhecimento mais controlado e uma pele visivelmente mais saudável e rejuvenescida.
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