Dietas restritivas podem contribuir, e muito, para o desenvolvimento de transtornos alimentares
Parece totalmente contraproducente, certo? Uma dieta restritiva que pode trazer resultados tão complexos quanto uma compulsão alimentar em vez dos resultados desejados, como perder peso, melhorar a estética do próprio corpo, se encaixar num padrão, entre outras questões.
Mas é bem no quesito “restritivo” que devemos focar, além das situações envolvendo o uso indiscriminado de dietas sem o devido acompanhamento profissional de médicos e nutricionistas. A verdade é que já faz um tempo que pesquisas científicas têm apontado isso: dietas restritivas podem contribuir, e muito, para o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Em especial a compulsão alimentar, condição em que a pessoa passa por, pelo menos, dois dias de sua semana se alimentando de maneira descontrolada em relação à quantidade, para depois sentir muita culpa pelo que consumiu, podendo inclusive partir para outros tipos de transtornos alimentares, como a bulimia.
E tudo fica ainda mais complexo quando compreendemos que muitas das pesquisas da área indicam que as chances do desenvolvimento de uma compulsão alimentar são mais fortes entre as mulheres do que os homens, nos fazendo questionar se:
Para o primeiro questionamento tenho apenas pequenas concepções, considerando que cada vez mais se discute esse tema, tornando-o relevante para, quem sabe, ampliar as pesquisas e ações na área. Para o segundo questionamento, porém, tenho respostas, e elas não são tão complexas quanto podem parecer!
Primeiro de tudo, é super possível consquistar uma vida saudável, que garanta o alcance de certos objetivos, sem a necessidade de manter uma dieta restritiva. E isso pode ser feito com:
Segundo, essas ações podem ser realizadas com passos simples, como:
O que posso informar por aqui, e com certeza, é que dietas que restringem demais a sua alimentação, como as que eliminam carboidratos, sólidos ou adicionam longos períodos de jejum podem, sim, comprometer a sua saúde física e mental, além de contribuir para o desenvolvimento de um transtorno alimentar.
Então, para evitar isso, busque opções seguras, como as que já citei por aqui. Assim você irá alcançar os seus objetivos mantendo em dia a sua saúde!
*DRA. THAIS MUSSI (CRM 118942-SP e 27542-PR- RQE 373) é endocrinologista e metabologista pela SBEM, além de especialista em Nutrologia pela ABRAN Medicina do estilo vida – CBMEV. Instagram: @drathaismussi; Podcast: Não leve a mal, é hormonal