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Famosos / Estados Unidos

Vocalista do Green Day renuncia a cidadania americana após fim do direito ao aborto

Entenda a decisão da Suprema Corte dos EUA que fez o vocalista do ‘Green Day’ xingar o país

Da Redação Publicado em 27/06/2022, às 15h07

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Vocalista do Green Day renuncia a cidadania americana após fim do direito ao aborto - Sabrina Valle/Reuters e Instagram/@billiejoearmstrong
Vocalista do Green Day renuncia a cidadania americana após fim do direito ao aborto - Sabrina Valle/Reuters e Instagram/@billiejoearmstrong

Billie Joe Armstrong, vocalista da banda americana ‘Green Day’, anunciou que está renunciando a cidadania estadunidense em um show feito na última sexta-feira (24), na Inglaterra. 

A declaração enfurecida aconteceu antes de cantar a música clássica da banda, ‘American Idiot’ (Idiota Americano, em tradução livre) que, por si só, já é uma crítica contra o povo e a mídia dos Estados Unidos.

Além da música, o discurso foi acompanhado de um protesto contra a polêmica decisão da Suprema Corte Estadunidense sobre a revogação do direito ao aborto após mais de 50 anos da lei que o legalizara. Motivo pelo qual Armstrong tomou a decisão. 

"F*da-se a América. Estou renunciando à minha cidadania. Estou vindo para cá", afirmou Billie Joe no microfone. "Há muita estupidez no mundo para voltar a este país miserável".

Por fim, o cantor ainda disse ao público britânico que eles ainda terão muito do Green Day nos próximos dias. 

SUPREMA CORTE CONTRA O ABORTO

O anúncio do cantor se deu no mesmo dia em que a decisão da Suprema Corte foi oficializada. A votação foi bastante desequilibrada, em que seis juízes se declararam favoráveis à revogação da lei.

O tema do aborto nos Estados Unidos é considerado histórico, já que foi um dos primeiros países a legalizarem a prática em 1973, em uma decisão lendária conhecida como “Roe contra Wade”. A partir do dia 24, os estados ficaram livres para decidir proibir ou legalizar, como era antes da década de 1970. 

Desde então, nove estados já proibiram mulheres de fazerem abortos; outros 12 estados prometem restringir ou proibir completamente o procedimento nas próximas semanas; e em outros nove, não se sabe ao certo como anda a discussão. 

Em seu voto escrito, o juiz nomeado por G.H.W Bush, Clarence Thomas, da Suprema Corte, disse que também gostaria de revisitar outros temas além do aborto, como o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e o acesso da população à pílula, DIU, preservativos e outros métodos contraceptivos.