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Maternidade / Dilemas da maternidade

Mães, se cobrem menos! Especialista mostra caminhos para viver uma maternidade mais leve

Às vésperas do Dia das Mães, psicanalista fala sobre preocupações maternas e reflete sobre como deixar a maternidade mais leve

Marina Borges

por Marina Borges

mborges_colab@caras.com.br

Publicado em 11/05/2024, às 15h00

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Saiba como viver uma maternidade mais leve - Freepik
Saiba como viver uma maternidade mais leve - Freepik

Se você tem filhos, este texto é para você! Talvez você esteja, com a melhor das intenções, colocando sobre eles um peso que é insustentável de se carregar. Às vésperas do Dia das Mães, AnaMaria abre espaço para a psicanalista Fabiana Guntovitch, especialista em comportamento, falar sobre as preocupações maternas.

"Nunca mais diga para seu filho que a única coisa que importa é que ele seja feliz", enfatiza a profissional. A seguir, confira o texto que Fabiana preparou para as mamães de plantão, focando em como elas podem deixar o caminho da maternidade mais leve, real e prazeroso.

Mães, se cobrem menos!

Muitos pais, com o intuito de que seus filhos e filhas se sintam livres para fazerem suas escolhas e se sintam aceitos e amados incondicionalmente, sem perceber, estão impondo sobre seus ombros uma expectativa que ninguém está pronto para atender. Quando dizemos essas frases: “Sua única obrigação é ser feliz” ou “A única coisa que eu quero é que você seja feliz”, nos esquecemos que essa felicidade absoluta, certa, garantida, é irreal, e que nem mesmo nós, adultos e maduros, a sentimos 100% do tempo por todos os dias da nossa vida.

Ainda que a intenção seja boa e que desejemos a felicidade das pessoas, especialmente daquelas que amamos, essa obrigação tem se tornado um peso de uma tonelada nas nossas costas. Ninguém é feliz o tempo todo. A felicidade não é um lugar a ser conquistado, nem muito menos um atestado a ser comprovado e colado na testa. Essa expectativa é irreal e cruel. Devemos urgentemente rever esse discurso.

Leia também: Esgotamento materno afeta idade biológica

maternidade mais leve
Foto: Freepik


Ao invés de disso, devemos dizer a eles que desejamos que encontrem alegria nas pequenas coisas do dia a dia, que façam escolhas que estejam alinhadas com seus valores e vinculadas aos seus objetivos, que se conheçam de perto e profundamente, que jamais se julguem incapazes ou inferiores, nem tampouco infalíveis ou superiores. Que acreditem em si, acreditem no melhor, no ser humano, ainda que nem tudo venha a acontecer como eles idealizaram, que possam aprender e evoluir com os desafios que a vida lhes trouxer e que possam amar a si próprios incondicionalmente.

Também que gostaríamos que eles se relacionassem com pessoas amorosas, gentis e verdadeiras e que nunca tivessem medo de colocar limites saudáveis nas suas relações. Que seguissem seus caminhos com força, fé e perseverança, e que se permitissem mudar de ideia sempre que o caminho inicial deixar de fazer sentido. Que jamais se envergonhassem de si ou de suas famílias e que conseguissem se perdoar quando se arrependerem e perdoar os outros quando desejarem. Que se esforçassem para ressignificar suas dores e encontrassem o lado positivo da vida. Que a leveza fosse sua companheira de vida, e a positividade sua principal estratégia.

Torcemos para que a gratidão esteja sempre presente e que o sucesso, pequeno ou grande, seja sempre comemorado, mas que nós, mães, estejamos ao lado deles em todos os momentos, sejam eles felizes, ou tristes, alegres ou difíceis. É importante ter em mente que a vida é complexa, as pessoas são subjetivas e está tudo bem em sermos singulares, únicos. Não importa o tempo que leve, nós encontraremos nossos lugares e nossas respostas nessa experiência chamada vida.

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