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Idade é relativo: A tecnologia na terceira idade

Uma vez adaptado aos sistemas de cada aparelho, não fica difícil tirar vantagem de tudo o que ele oferece

Dr. Paulo Camiz Publicado em 02/02/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Idade é relativo: A tecnologia na terceira idade - Shutterstock
Idade é relativo: A tecnologia na terceira idade - Shutterstock
"Vale a pena aprender a mexer nesses celulares modernos? Meus netos sempre tentam me convencer que sim.”

A.G., por e-mail


Primeiro, quero propor uma reflexão sobre a definição de inteligência. A de que eu mais gosto é a seguinte: capacidade de adaptação a novos estímulos. Assim, podemos expandir esse raciocínio para as mais diversas áreas e chegar a diferentes tipos de inteligência: aquele que tem mais facilidade pra esportes, pra matemática, pra cozinhar... Mas o que isso tem a ver com tecnologia? Tudo! Ela é um novo estímulo e uma nova necessidade de adaptação. Precisamos vê-la como um meio de ajudar e não de atrapalhar. Uma vez adaptado aos sistemas de cada aparelho, não fica difícil tirar vantagem de tudo o que ele oferece. Podemos falar de aplicativos que servem, inclusive, pra estimular o cérebro (como o Mente Turbinada, por exemplo), e outros que facilitam o transporte (app para chamar táxi ou o próprio Uber) ou que ajudam a fazer compras (Home Refill) ou pedir comida sem sair de casa (iFood). Ou seja, a tecnologia veio para tornar nossa vida mais fácil. Vemos muitos idosos resistirem a aprender a lidar com o novo. É muito mais uma resistência do que uma dificuldade real. Mas, uma vez que estejamos adaptados a um novo conceito, além de estimularmos uma nova forma de inteligência, podemos tirar vantagem de tudo que isso oferece. Por que não na terceira idade?


Cada vez mais conectados
Segundo o Instituto Locomotiva, no Brasil o número de idosos que acessam a internet cresceu quase 1.000% nos últimos oito anos – hoje são cerca de 5 milhões de pessoas com mais de 60 anos na rede. Já existem, inclusive, grandes marcas que apostam nesse
público, fabricando aparelhos com botões maiores e fáceis de enxergar ou com telefones de emergência que podem ser acessados rapidinho. Lembrando que quanto mais simples o celular, mais fácil será o idoso se adaptar!



A tecnologia ajuda a ativar o cérebro e a prevenir doenças, como o Alzheimer, por exemplo. Além disso, as redes sociais promovem uma melhor interação com amigos e familiares, o que é fundamental nessa fase da vida.


Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br


Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br