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Comportamento / DICA IMPORTANTE!

Monitorar o celular do filho? Saiba como incentivá-lo a buscar estímulos além das telas

Especialistas oferecem dicas de incentivo às crianças sem precisar monitorar o celular do filho

Crianças estão cada vez mais dependentes dos tablets e celulares. - Freepik
Crianças estão cada vez mais dependentes dos tablets e celulares. - Freepik

As ruas lotadas de crianças brincando e praticando esportes deu lugar a outra realidade: as brincadeiras virtuais. Joguinhos, conversas, filmes, séries e outras dinâmicas - sempre em frente às telas. Até por isso, muitos responsáveis buscam como monitorar o celular do filho.

E a preocupação é corroborada pelos números: 79% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos passam, em média, 3 horas e 53 minutos por dia usando o celular, segundo a última pesquisa do Panorama Mobile Time/ Opinion Box. Veja outros números do tempo médio diário:

  • Crianças de 0 a 3 anos: 2 horas e 56 minutos;
  • Entre 4 a 6 anos: 3 horas e 17 minutos;
  • Entre 7 a 9 anos; 3 horas e 29 minutos
  • 10 a 12 anos: 4 horas e 46 minutos.

RISCOS

O período de uso é muito além do recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Além disso, traz inúmeros prejuízos a saúde da criança. Isso é o que aponta a psicóloga Monica Machado, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Para ela, as telas ocupam tempo das atividades que promovem áreas do desenvolvimento infantil: "Isso pode impedir ou retardar a evolução natural e saudável das crianças, além de gerar risco de obesidade, alterações do sono, comportamentos agressivos e ansiosos, entre outras condições”.

Apesar dos inúmeros riscos do uso excessivo de telas, monitorar o celular do filho pode não ser a melhor alternativa. Por isso, especialistas no tema oferecem dicas para motivar as crianças a buscarem outros estímulos, que vão além das telas.

3 dicas para monitorar crianças na internet

DICAS PARA FUGIR DAS TELAS 

Tédio ajuda?

A psiquiatra Danielle H. Admoni,pesquisadora e supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM), afirma que deixar a criança entediada é uma boa maneira. Desta forma, ela vai buscar a estimulação do cérebro por conta própria.

"Se notar dificuldade, invente uma atividade com ela. Aos poucos, vá deixando que ela brinque sozinha, evitando criar uma dependência da sua presença”, acrescenta.

Outras brincadeiras

As brincadeiras que não envolvam eletrônicos também são benéficas, alerta Mônica. Vale até mesmo presentear a criança com um brinquedo novo. A especialista dá exemplos de atividades saudáveis:

  • Jogos de construção;
  • Massinha de modelar;
  • Pinturas;
  • Quebra-cabeça com o tema do seu personagem favorito;
  • Brinquedos artesanais. 

Atividades externas

Invista mais nos passeios: saia de casa mais vezes com seu filho. O parquinho do condomínio ou a pracinha mais próxima de sua casa o ajudarão nesta etapa. Lá, a criança poderá se exercitar e brincar ao ar livre com outras crianças.

A atividade é fundamental para a sociabilização. Além disso, vale promover passeios ao zoológico, peças teatrais infantis ou piqueniques em parques.

Desafios e solidariedade
Proponha desafios, como reorganizar os brinquedos: “Peça para seu filho escolher algo que não lhe interesse mais e sugira doar para alguma instituição de crianças. Só vale se seu filho participar deste ato. Será uma excelente oportunidade de ensina-lo a exercer a solidariedade”, aconselha Monica.

Também é válido promover doação de roupas e outros objetos. A atitude ajuda a promover o senso de solidariedade e o desenvolvimento emocional. Ao mesmo tempo, faz a alegria de quem vai recebê-los.

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Brinquedos que exercitem o cérebro são benéficos para as crianças. Foto: Freepik

Leitura
Para as crianças mais velhas, os livros são uma ótima alternativa. Admoni aponta que a leitura auxilia no desenvolvimento cognitivo, socioemocional e cultural, deve ser introduzida junto com os demais brinquedos como mais um objeto de prazer e de exploração do mundo”.

Ainda segundo a psiquiatra, os pais podem - ou até mesmo devem - participar dos momentos de leitura dos filhos. Caso a criança não demonstre entusiasmo pelos livros, leia junto: “Além de ser uma oportunidade de estarem juntos, você pode ajudar a criança a desenvolver linguagem, compreensão, imaginação, criatividade, entre outras habilidades que os livros podem proporcionar”.

Participação e interesse

Os papais também devem demonstrar interesse nos trabalhos de escola dos seus filhos. Devem perguntá-las sobre o que estão fazendo e como estão encarando o processo. Ademais, ofereça ajuda no que for preciso. E, claro, elogie as evoluções dos pequenos.

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Cronograma digital

Outra dica para os papais é a construção de um cronograma semanal com as atividades livres e obrigatórias. Entre elas, deve estar incluso o tempo dedicado às telas. Muito melhor do que monitorar o celular do filho, né?

A psicóloga aponta que é uma forma divertida e leve de lembrar ao seu filho quando e como ele deve usar as telas. A atividade também o ensina desde cedo a ter disciplina e organização com suas tarefas e responsabilidades.

Bom senso sempre!

As especialistas alertam: a prática das dicas deve ser conduzida de acordo com a idade e maturidade do seu filho. Por exemplo, se a criança ainda não souber ler, o ajude com livros ilustrativos, interativos ou de colorir. A dica é válida para outras atividades.

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