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Você no azul: O que o presente nos reserva

A economia ainda está bastante frágil...

Marcela Kawauti Publicado em 02/11/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Você no azul: O que o presente nos reserva - Shutterstock
Você no azul: O que o presente nos reserva - Shutterstock

"Quais as previsões para a economia neste final de ano? A crise vai dar uma trégua?”
T. B., por e-mail

É fato que estamos passando por um momento crítico. Por um lado, os dados econômicos do primeiro trimestre começavam a mostrar que
paramos de piorar. A perspectiva era de que não veríamos mais quedas vertiginosas como no ano passado. Neste sentido, até se poderia pensar que a crise econômic a recuou. Mas, infelizmente, ainda não dá para dizer que as coisas vão começar a melhorar no curto prazo. A economia ainda está bastante frágil. E para colocar ainda mais lenha na fogueira, a crise política segue trazendo uma infinidade de surpresas bastante desagradáveis. Do lado do consumidor, o desemprego ainda está em patamar elevado e vai demorar até que os empresários voltem a empregar. Além disso, com muita gente querendo trabalhar e poucos empresários dispostos a investir em novos funcionários, a primeira rodada de recontratações deve acontecer com salários mais baixos. E os escândalos de corrupção devem fazer com que a recuperação, que já seria lenta, fique ainda mais gradual. Mas nem tudo são más notícias. Este ano deve terminar como um ano melhor do que foi 2016. Depois de dois anos de inflação acima da meta, os números mostram um IPCA mais controlado. A inflação em baixa ajuda a dar algum impulso muito bem-vindo para a retomada do crédito. A conclusão, portanto, é que, apesar de podermos respirar aliviados quando comparamos a situação atual ao que víamos nos últimos anos, ainda não é hora de comemorar. As notícias ruins devem se prolongar por alguns meses e a recuperação mais sólida vai acontecer apenas quando nos aproximarmos de 2018.

Por que a crise política afeta a economia?
Quando há um escândalo político, os governantes afetados passam mais tempo preocupados em se defender do que em implantar as reformas necessárias para tirar o país da crise. Assim fica mais difícil saber quem ocupará a cadeira nos próximos meses. E em um cenário
de incertezas os empresários têm maior resistência em investir e contratar novos colaboradores, prolongando a crise econômica.

Informação é tudo!
Já ouvi pessoas dizerem que não acompanham as notícias sobre política e economia, pois acham esses assuntos chatos. Independentemente se é chato ou não, ninguém pode negar a relevância desses temas. Um panorama geral do que vem acontecendo ajudará você a tomar melhores decisões de investimentos e a entender o buraco em que o pais se meteu.

Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.

Envie suas perguntas para Marcela Kawautipelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br