Entenda a relação entre o fluxo sanguíneo e a menopausa - Kenny Holmes/Pixabay
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Existe relação entre o fluxo sanguíneo e a menopausa? Especialista explica

Nesse período é comum que os ovários eventualmente falhem na produção hormonal

Da Redação Publicado em 17/10/2020, às 14h30

Uma dúvida importante de algumas mulheres quando estão entrando na menopausa é sobre o aumento do fluxo sanguíneo na menstruação. Nesse período é comum que os ovários eventualmente falhem na produção hormonal e essa alteração pode provocar sangramentos abundantes e por um período prolongado.

A isso se dá o nome de hemorragias uterinas disfuncionais. Porém, também nessa fase, algumas doenças podem causar o aumento do fluxo. Dentre as mais prováveis, está a presença de miomas uterinos, adenomiose, pólipos endometriais e hiperplasias endometriais. 

Bem mais raro pode ser decorrente de câncer de colo de útero ou de endométrio. Miomas uterinos são tumores benignos formados a partir do tecido muscular que forma a parede do útero e que podem causar dor e sangramento aumentado na menstruação. 

A adenomiose consiste na presença de ilhas de tecido endometrial entre as fibras musculares da parede do útero. Isso causa um processo inflamatório no útero toda vez que a mulher menstrua, causando cólica e intensificando o sangramento da menstruação. 

Pólipos endometriais são formações tipo “carne esponjosa” que aparecem dentro do útero. Tem a forma de um pequeno cogumelo e podem causar aumento de sangramento. Geralmente são benignos. As hiperplasias endometriais ocorrem por uma multiplicação exagerada das células endometriais, formando um tecido espesso e irregular que pode significar uma predisposição para o câncer de endométrio. 

Os cânceres de colo de útero e de endométrio são mais raros nessa fase, mas também podem sangrar devido ao crescimento rápido e exagerado das células, fazendo com que os vasos sanguíneos se rompam. Assim sendo, na presença de um sangramento menstrual exagerado nessa fase da vida, procure imediatamente um ginecologista para que ele possa pesquisar a causa do problema e, se necessário, indicar o melhor tratamento.

ALEXANDRE PUPO é ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologista e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital SírioLibanês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasouen.com.br

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