Trauma, inocência e recuperação: motorista reflete sobre acidente com Kayky Brito

Diones Coelho da Silva, o motorista que atropelou Kayky Brito, foi convidado do 'Encontro' desta quinta-feira (28). No programa, ele celebrou a recuperação do ator e desabafou sobre os traumas que carrega desde então. Antes disso, o condutor relembrou a noite do acidente.

Ele estava em sua última corrida da noite, quando atingiu o famoso: "De repente, eu já vi uma pessoa correndo para o meio da pista. A reação foi tentar jogar para a direita para tentar retirar. Desci e a única coisa que eu fiz foi clamar o nome de Jesus", relembrou.

RECUPERAÇÃO

Ainda sem saber quem era a vítima, o motorista correu para prestar socorro: "Independente se era famoso ou não, era uma vida que tava ali", lamentou Diones, afirmando orar pela recuperação de Kayky: "Na nossa igreja, ficamos orando por ele, para que tudo corresse bem e voltasse para a família".

"É uma pessoa que tem um filhinho pequeno, eu também sou pai. O que eu mais queria era que ele saísse dessa com vida". O motorista espera poder encontrar o ator e abraçá-lo assim que ele deixar o hospital.

ARQUIVAMENTO DO CASO

Diones também comemorou o arquivamento do caso, já que as investigações mostraram que ele estava abaixo do limite de velocidade da via e não ter feito uso de álcool ou outras substâncias: "Foi muito gratificante. Eu já tinha convicção da inocência, mas estava aguardando a Justiça tornar isso público".

EPISÓDIO TRAUMÁTICO

Entretanto, a inocência não impede o condutor de carregar traumas. A esposa afirmou que ele passou os dias seguintes ao acidente sem comer ou dormir. Além disso, ele evita rever vídeos do atropelamento de Kayky Brito para não reviver o momento.

"Fica aquele looping, dia e noite, às vezes não consigo dormir. Tenho tido crises de ansiedade. Para mim é tudo muito novo e assustador", reflete Diones, que pretende abandonar a vida de motorista de aplicativo e seguir carreira em outra área que não seja em frente ao volante.

"Eu já saí para trabalhar, mas não consigo dirigir direito. Fico com aquele trauma. Se você vê uma pessoa na calçada, você já fica com medo dela atravessar e atropelar. Aí eu volto para casa. E já tô procurando ajuda psicológica, de um psicólogo", lamentou o motorista.