Uso de máscaras se tornou obrigatório durante a pandemia - Getty Images
ESTÉTICA

Será que o uso de máscaras deixam 'orelhas de abano'? Não é bem assim

Apesar dos incômodos, o problema tem origem genética e é corrigido com cirurgia

Da Redação Publicado em 27/05/2020, às 07h40 - Atualizado em 25/06/2020, às 23h14

Com a pandemia do coronavírus, o uso de máscaras passou a ser de uso obrigatório para toda a população. Com isso, o incômodo causado pelo objeto também trouxe outra preocupação: é possível que, com o uso contínuo, os elásticos causem danos estéticos permanentes nas orelhas?

De acordo com o otorrinolaringologista Caio Soares, do Hospital IPO, não existe motivo para se preocupar. “Não há nenhum problema em utilizar as máscaras. Elas não vão modificar a forma da cartilagem permanentemente, dando o aspecto de proeminência. Isso é apenas durante o momento em que se está usando. Em seguida, voltam tudo à normalidade.”

Isso porque as chamadas 'orelhas de abano', como são popularmente conhecidas, são anormalidade congênitas, com origem genética. Ou seja, é algo hereditário e que não possui interferência de fatores externos.

“Em geral, temos dois defeitos principais: a não formação ou a formação parcial de uma das dobras da orelha e o excesso da concha auricular. Somadas, essas duas anormalidades causam um aspecto não natural, o que chamamos de orelha de abano”, explica o especialista.

OS RESULTADOS DA CIRURGIA 

Chamada de otoplastia, a cirurgia para correção das anomalias pode ser realizada ainda na infância. Para isso, é necessário fazer um anestesia local ou geral, com o procedimento durante entre uma hora e meia e duas horas.

A boa notícia é que a cirurgia não tem cortes visíveis, já que o acesso é feito por trás da orelha, e a cicatrização acontece em poucas semanas. “É um procedimento simples. A internação é feita pela manhã e à tarde já é possível ir para casa”, afirma Soares.

Segundo o especialista, para que o procedimento tenha bons resultados, é preciso analisar a técnica utilizada em cada caso e cumprir rigorosamente as recomendações do pós-operatório, como a permanência do paciente em repouso durante as primeiras horas; evitar esforço físico e exposição solar nos quatro primeiros dias; usar os medicamentos de acordo com a prescrição; e permanecer com os curativos pelo tempo estabelecido.

“Pequenas alterações são comuns durante a cicatrização, mas não comprometem o resultado final. Se feita com as técnicas adequadas e os cuidados após o procedimento forem tomados, a anomalia não volta”, garante Soares. 

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